Dinamarqueses decidem se país adota Política Comum de Defesa da UE
Os dinamarqueses decidem na quarta-feira em referendo se o país adere à Política Comum de Segurança e Defesa da União Europeia (UE), abolindo uma exceção que desde 1993 mantém a Dinamarca fora desse domínio das políticas comuns.
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Mundo Dinamarca
As sondagens sugerem uma maioria a favor do fim do 'opt-out', no referendo convocado pela primeira-ministra, a social-democrata Mette Frederiksen, com a justificação de que, após a invasão russa da Ucrânia, a situação de segurança na Europa mudou radicalmente.
Numa sondagem publicada no domingo, 65,4% dos entrevistados disseram que no referendo a realizar a 01 de junho votarão a favor da Dinamarca abandonar a cláusula de exceção.
Pelo contrário, 34,6% indicaram que vão votar contra, de acordo com o inquérito realizado pela Megafon para o canal de televisão público TV2.
Em relação a uma sondagem realizada dez dias antes, os inquiridos a favor do sim no referendo aumentaram seis pontos percentuais, enquanto a percentagem de indecisos baixou de 29% para 22%.
A maioria das forças políticas com representação parlamentar apoiam o sim, com exceção dos partidos de extrema-direita, o Partido Popular Dinamarquês e a Nova Direita, e do partido de esquerda Aliança Vermelha-Verde.
A Dinamarca adotou em 1993, logo após a assinatura do Tratado europeu de Maastricht em 1992, exceções à política comunitária em quatro domínios: união monetária e económica, defesa, cooperação policial e jurídica e cidadania.
Em duas consultas posteriores, os dinamarqueses recusaram em 2000 aderir ao euro e em 2015 abolir a exceção na área jurídica.
A exceção à Política Comum de Segurança e Defesa significa que a Dinamarca não pode participar em áreas relacionadas com a defesa e segurança do bloco comunitário, nem em hipotéticas operações militares da UE.
O país também não tem direito a votar nos Conselhos de Ministros europeus sobre questões nesse domínio.
O referendo da próxima quarta-feira na Dinamarca surge num momento de mudança mais ampla para uma política de defesa mais pan-europeia catalisada pela invasão da Ucrânia, que levou, por exemplo, a Finlândia e a Suécia a apresentarem o pedido formal de adesão à NATO.
Membro da Aliança Atlântica, a Dinamarca é um dos fortes defensores da adesão dos seus vizinhos nórdicos e tem sido também ativa na ajuda militar à Ucrânia, na guerra contra a invasão por tropas da Rússia.
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