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Nacionalistas israelitas entoam "morte aos árabes" em Jerusalém

Milhares de nacionalistas israelitas, alguns deles entoando cânticos como "morte aos árabes", desfilaram, este domingo, no centro da principal via palestiniana na Cidade Velha de Jerusalém, de acordo com a Associated Press (AP).

Nacionalistas israelitas entoam "morte aos árabes" em Jerusalém
Notícias ao Minuto

18:25 - 29/05/22 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Segundo a agência, o conjunto de pessoas era sobretudo composto por jovens homens judeus ortodoxos, que celebravam o Dia de Jerusalém, um feriado israelita que assinala a captura da Cidade Velha na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Os palestinianos consideram o evento, que passa pelo meio do Bairro Muçulmano, como uma provocação, tendo no ano passado gerado confrontos de 11 dias com milícias de Gaza, e a marcha deste ano gerou condenações por parte da Palestina e da vizinha Jordânia.

Israel afirmou que destacou milhares de polícias e forças de segurança para o evento, tendo ocorrido pequenas escaramuças entre grupos judeus e muçulmanos na Cidade Velha antes do início do desfile.

À medida que o desfile começou, vários grupos de judeus ortodoxos reuniram-se fora do Portão de Damasco agitando bandeiras e a cantar músicas religiosas e nacionalistas, como "a nação judaica vive", antes de entrar no Bairro Muçulmano, relata a AP.

Um grupo grande, segundo a agência, cantou "morte aos árabes" e "deixem a vossa pequena vila arder", antes de entrar na Cidade Velha.

A polícia afastou os palestinianos da zona, que normalmente é uma movimentada área muçulmana, e a certo ponto um drone com a bandeira da Palestina sobrevoou o local, refere a agência.

O primeiro-ministro israelita disse, antes da marcha, que "agitar a bandeira de Israel na capital de Israel é uma coisa óbvia" e que Israel tornou isso claro "desde o início", tendo ao mesmo tempo pedido aos participantes que celebrassem o feriado de uma "forma responsável e respeitosa".

No ano passado, depois de semanas de confrontos israelo-palestinianos em Jerusalém, as autoridades alteraram o percurso do desfile à última hora, de forma a evitar o Bairro Muçulmano, mas revelou-se demasiado tarde, com milícias do Hamas a lançarem 'rockets' a partir de Gaza em direção a Jerusalém, o que espoletou 11 dias de duros confrontos.

A marcha de hoje acontece também numa altura de escalada de tensão, com a polícia israelita a ter confrontado repetidamente protestantes palestinianos, que lançavam pedras, com balas de borracha ou granadas de luz e som.

Pelo menos 19 israelitas morreram após ataques palestinianos em Israel e na Cisjordânia ocupada nas últimas semanas, e mais de 35 palestinianos morreram em operações militares israelitas no mesmo território, entre os quais a jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh.

Leia Também: Hamas ameaça com guerra se Israel "passar as linhas vermelhas" no domingo

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