Vitória russa? Seria empurrar a "humanidade até à idade das trevas"
Podolyak justificou que a narrativa de que o mundo "presta mais atenção à Ucrânia do que à África ou ao Oriente" é perpetrada "por agentes de influência russa".
© Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
Para o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhaylo Podolyak, permitir que a Rússia vença o conflito com a Ucrânia abriria "uma caixa de pandora" que, por sua vez, "empurraria a humanidade até à idade das trevas".
"Qualquer autocrata poderia provocar conflitos territoriais, tomar países e exterminar nações", enfatizou, complementando que "parar a Rússia é uma missão de todos os países civilizados".
"Ainda há tempo, mas temos de nos apressar", alertou.
Podolyak justificou ainda que a narrativa de que o mundo "presta mais atenção à Ucrânia do que à África ou ao Oriente" é perpetrada "por agentes de influência russa".
"Apenas bárbaros comparam tragédias. A guerra na Ucrânia não é um conflito local — é a questão de como é que o mundo será amanhã", rematou.
Allowing 🇷🇺 to win is to open Pandora's box & push humanity back into the dark ages. Any autocrat would be able to provoke territorial conflicts, seize countries & exterminate nations. Stopping RF is a mission of all civilized countries. There's time, but we should hurry up. 2/2
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) May 29, 2022
No sábado, Podolyak, um dos rostos envolvidos nas negociações com Moscovo, destacou que "qualquer acordo com a Rússia não vale um tostão".
"Será possível negociar com um país que mente sempre de forma cínica e propagandística?", prosseguiu, numa publicação na rede social Telegram.
O conselheiro presidencial salientou ainda que a "Rússia provou que é um país bárbaro que ameaça a segurança mundial" e que um "bárbaro só pode ser detido pela força".
A invasão russa da Ucrânia - justificada por Putin pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar aquele país para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mais de quatro mil civis morreram e outro quase cinco mil ficaram feridos no conflito, que entrou no seu 95.º dia, este domingo. Ainda assim, o organismo sublinhou que os números reais poderão ser muito superiores, e que só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora palco de intensos combates.
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