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Kyiv denuncia que Rússia está a usar "armas não-nucleares mais pesadas"

As tropas russas estão a utilizar em território ucraniano "armas não-nucleares mais pesadas", como lançadores de foguetes móveis de longo alcance, capazes de transportar ogivas termobáricas, afirmou hoje Mykhailo Podolak, conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Kyiv denuncia que Rússia está a usar "armas não-nucleares mais pesadas"
Notícias ao Minuto

13:10 - 27/05/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

O conselheiro publicou um vídeo na rede social Twitter, mostrando o sistema russo 'Solntsepiok' e as ogivas utilizadas, acompanhado por um texto em que explicou que "a Rússia já está a utilizar armas não-nucleares mais pesadas contra a Ucrânia, queimando pessoas".

Segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform, este sistema é uma atualização do antigo modelo de lançamento de foguetes russo, com múltiplos eixos de 220 metros, capaz de utilizar ogivas termobáricas e de ser montado sobre um tanque.

"Talvez seja altura de responder e de nos darem um 'Multiple Launch Rocket System' (MLRS)?", perguntou Podolak, referindo-se aos sistemas de lança-foguetes móveis de longo alcance que alguns países parceiros da Ucrânia não estão dispostos a fornecer, por receio de uma escalada do conflito.

O comentário do conselheiro foi partilhado no mesmo dia em que a rede de televisão norte-americana CNN anunciou que a administração de Joe Biden se prepara para enviar à Ucrânia armas mais avançadas do que as que tem vindo a fornecer até ao momento.

Citando funcionários governamentais, a CNN avançou que o Governo norte-americano poderá anunciar já na próxima semana quando enviará o armamento, mais conhecido como MLRS, à Ucrânia como parte de um pacto mais amplo de assistência militar para o país se defender contra as tropas russas.

O 'High Mobility Artillery Rocket System' (HIMARS), da mesma família que os MLRS, mas mais leve, é outro lança-foguetes avançado de longo alcance solicitado pelas autoridades ucranianas e que Washington poderá enviar para o país.

Até agora, os modelos utilizados pela Ucrânia têm um alcance muito mais curto do que os MLRS o HIMARS, e que permitiriam aos ucranianos atacar mais facilmente os alvos da Rússia.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU já confirmou que 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

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