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Organizações humanitárias pedem a Havana libertação de artistas cubanos

As organizações de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) e Amnistia Internacional (AI) pediram quinta-feira ao Governo cubano para libertar "imediatamente" os artistas Maykel Castillo Pérez e Luis Manuel Otero Alcántara, que vão ser julgados na próxima semana.

Organizações humanitárias pedem a Havana libertação de artistas cubanos
Notícias ao Minuto

06:47 - 27/05/22 por Lusa

Mundo HRW

"Maykel Castillo Pérez ["El Osorbo"] e Luis Manuel Otero Alcántara estão a ser processados por exercer o seu direito humano de criticar seu próprio governo", disse a diretora interina para as Américas da HRW, Tamara Taraciuk Broner, em comunicado.

Otero Alcántara, artista e líder do Movimento San Isidro (MSI) e detido desde 11 de julho de 2021, é acusado dos alegados crimes de indignação contra os símbolos do país, desprezo e desordem pública.

Já o 'rapper' Maykel Castillo Pérez, conhecido como El Osorbo, que está preso desde maio de 2021, é responsável, segundo o Ministério Público, pelos presumíveis crimes de desacato, "difamação de instituições e organizações e de heróis e mártires", ataque e distúrbios em público.

O Ministério Público pede entre sete e 10 anos de prisão para cada um.

A diretora para as Américas da AI, Erika Guevara-Rosas, assegurou, por sua vez, que "os governos da América Latina e da Europa deveriam acompanhar de perto o julgamento desses presos de consciência cubanos, que nunca deveriam ter passado um dia na prisão".

O julgamento não está vinculado aos protestos antigovernamentais de 11 de julho de 2021, mas sim por eventos controversos ocorridos em 04 de abril do mesmo ano.

Nesse dia, El Osorbo, cointérprete da canção "Homeland and Life" -- mais tarde o 'slogan' dos protestos de 11 de julho --, foi detido após confrontos com a polícia, aparentemente, porque o seu companheiro não estava a usar máscara.

Após a ocorrência, o 'rapper' fugiu para a casa de Otero Alcântara onde gritou palavras de ordem contra o Governo, segundo o Ministério Público.

O cantor só foi detido um mês depois, permanecendo na prisão desde então.

O Ministério Público também inclui no seu relatório outros factos anteriores que considera constituir crime dos dois dissidentes.

São referidos eventos como "mensagens ofensivas contra a bandeira" nas redes sociais, fotografias com a bandeira nacional "enquanto realizam necessidades fisiológicas" e publicação de "memes [imagens humorísticas]" no Facebook para "ridicularizar e desacreditar" o Presidente do país, o primeiro-ministro e o parlamento.

Os artistas também são acusados de insultar o Presidente cubano, acusar o Governo nas redes sociais por "falta de recursos médicos" durante a pandemia e insultar o Ministério do Interior e as forças de segurança, entre outras acusações.

O caso inclui outras três pessoas sob investigação: Félix Roque Delgado (pedido de cinco anos de prisão por agressão), Juslid Justiz Lazo (cinco anos de trabalho prisional com internação por agressão) e Reina Sierra Duvergel (três anos de trabalho prisional sem internação por agressão).

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