Ucrânia: Tribunal russo confirma que 115 soldados recusaram combater
Um tribunal militar russo na região de Kabardino-Balkaria (sul) confirmou a exoneração de 115 soldados do Exército por se recusarem a participar da ofensiva na Ucrânia.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
Este caso parece ser o primeiro oficialmente confirmado de soldados russos que se recusam a participar na campanha militar lançada pela Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro.
O tribunal militar russo confirmou - de acordo com um comunicado de imprensa divulgado na quarta-feira - que os militares "se recusaram, arbitrariamente, a cumprir uma missão oficial", rejeitando o seu recurso interposto neste processo.
O tribunal alega que reviu os "documentos necessários" e questionou funcionários da Guarda Nacional - uma força de segurança interna que também participa nas operações militares na Ucrânia, mas que não faz parte do exército russo.
A audiência judicial foi realizada à porta fechada, para evitar a revelação de "segredos militares", acrescentou o tribunal, que não clarificou onde estavam estacionados esses soldados na Rússia.
O serviço de imprensa do tribunal, citado pela agência de notícias Interfax, informou hoje que as pessoas envolvidas no processo eram membros da Guarda Nacional que se recusaram a realizar uma missão ligada à "operação militar especial" na Ucrânia ordenada por Moscovo.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito superior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também as Nações Unidas disseram que cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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