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Ataque de extremistas islâmicos mata 50 civis no leste do Burkina Faso

Cerca de 50 civis foram mortos quarta-feira num ataque de alegados extremistas islâmicos no leste do Burkina Faso, anunciou hoje o governador da região leste, coronel Hubert Yameogo.

Ataque de extremistas islâmicos mata 50 civis no leste do Burkina Faso
Notícias ao Minuto

18:06 - 26/05/22 por Lusa

Mundo Burkina Faso

"Moradores de Madjoari", uma localidade bloqueada por extremistas islâmicos que tentavam sair dela, "foram alvo (...) de indivíduos armados não identificados", disse o coronel Yameogo num comunicado citado pela agência France-Presse.

"O balanço provisório" aponta para "cerca de 50 mortos", acrescentou.

À semelhança de outras comunas do norte e leste do Burkina Faso, Madjoari foi bloqueada pelos extremistas islâmicos que atacam nessas regiões.

Privados de abastecimentos, os habitantes tentam escapar ao cerco desde a semana passada, disseram vários deles à agência noticiosa.

Foram "estas populações que foram intercetadas e executadas pelos terroristas", acrescentou um dos habitantes, especificando que "todas as vítimas são homens".

O governador assegurou que "estão em curso ações de segurança para restabelecer a tranquilidade".

O ataque de quarta-feira vem na sequência de outros registados recentemente em Madjoari contra militares e civis.

Em 19 de maio, o destacamento militar da localidade foi alvejado, com o resultado de 11 militares mortos e 20 feridos.

Cinco dias antes, um ataque à população civil havia provocado 17 mortos e sete feridos.

O Burkina Faso, particularmente as regiões norte e o leste, tem sido alvo de ataques de extremistas islâmicos desde 2015 conduzidos por movimentos ligados à Al-Qaida e ao grupo Estado Islâmico, que provocaram mais de 2.000 mortos e 1,8 milhões de deslocados.

O novo homem forte do país, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, que derrubou o Presidente eleito Roch Marc Christian Kaboré no final de janeiro, acusado de ser ineficaz perante a violência extremista islâmica, fez da questão da segurança uma "prioridade".

Após uma relativa calmaria quando assumiu o poder, Damiba enfrentou um aumento nos ataques de alegados extremistas islâmicos que mataram cerca de 200 civis e militares.

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