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Governo da Letónia designa novos ministros para solucionar crise interna

O Parlamento da Letónia confirmou hoje a designação de dois novos ministros para as pastas do Interior e Economia, pondo um fim aparente ao conflito interno surgido no interior da coligação de Governo no país do Báltico.

Governo da Letónia designa novos ministros para solucionar crise interna
Notícias ao Minuto

17:03 - 26/05/22 por Lusa

Mundo Letónia

Kristaps Ekons, que ocupava o cargo de chefe do corpo de Bombeiros e Resgate vai assumir a chefia do Ministério do Interior deixado vago por Marija Golubeva, que renunciou ao cargo na sequência de pressões da oposição após os incidentes ocorridos em 09 e 10 de maio junto ao monumento da Vitória sobre a Alemanha nazi.

A secretária parlamentar do Ministério da Economia, Ilze Indriksone, substituirá Janis Vitenbergs, afastado do cargo de ministro pelo Primeiro-ministro Krisjanis Karins a pedido da Aliança Nacional (AN), conotado com a direita radical e parceiro de coligação.

Os novos ministros deverão ocupar os cargos interinamente até à realização de novas eleições legislativas, agendadas para 01 de outubro.

O debate parlamentar, que deveria centrar-se na designação dos dois novos ministros, derivou para uma acesa discussão em torno dos custos da energia e da inflação, dois temas que previsivelmente estarão no centro da próxima campanha eleitoral.

Marija Golubeva demitiu-se em 16 de maio após diversas petições emitidas na sequência da polémica em torno de um monumento soviético em Riga, a capital.

A formação ultranacionalista tinha exigido a demissão de Golubeva e ameaçou com a retirada dos ministros da sua formação no Governo de Krisjanis Karins.

Marija Golubeva é membro do partido Pelo Desenvolvimento! (AP!, de ideologia liberal).

Os pedidos de demissão foram reforçados após uma nova concentração não autorizada de letões russófonos em 10 de maio frente ao monumento, no âmbito das celebrações do fim da Segunda Guerra Mundial, e que serviu de pretexto para o Parlamento e a câmara de Riga aprovarem o derrube do monumento.

Os acontecimentos de 10 de maio foram aparentemente suscitados por vídeos nas redes sociais que exibiam um 'bulldozer' a recolher e a depositar no lixo as ofertas de flores colocadas no dia anterior, 09 de maio, quando no mundo russófono se celebra oficialmente a data da derrota da Alemanha nazi.

Apesar de representantes do município se terem referido a uma "prática habitual", as imagens ofenderam centenas de membros da minoria étnica russa ortodoxa, cerca de 25% da população do país, que voltaram a deslocar-se ao local para repor as coroas de flores e manifestarem-se, antes de serem dispersos pela polícia ao início da noite.

Previamente, as forças policiais, juntamente com a ministra, tinham sido acusadas pelos ultranacionalistas letões, de ignorar o desrespeito pela "ordem pública" e permitir a exibição de símbolos soviéticos e russos.

Diversos círculos políticos consideram que a NA efetuou uma manobra populista a poucos meses das eleições legislativas, e que o seu objetivo visava Golubeva, de origem russa e homossexual (a segunda pessoa com esta orientação no Governo para além do chefe da diplomacia, Edgars Rinkevics), indicou na ocasião a agência noticiosa Efe.

Leia Também: Milhares de pessoas exigem remoção de monumento soviético em Riga

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