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Republicanos deverão bloquear medida contra terrorismo doméstico nos EUA

O projeto de lei foi aprovado na Câmara dos Representantes, mas a minoria conservadora deve impedir a aprovação final no Senado devido ao debate em torno da compra e porte de armas de fogo.

Republicanos deverão bloquear medida contra terrorismo doméstico nos EUA
Notícias ao Minuto

15:28 - 26/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo EUA

Apesar de mais um tiroteio numa escola ter gerado um novo debate em torno do número de armas nos Estados Unidos da América, a minoria republicana no Senado deverá bloquear esta quinta-feira um projeto de lei que combateria o terrorismo doméstico, especificamente o terrorismo de natureza racista, nos Estados Unidos.

A Lei de Prevenção do Terrorismo Doméstico (do inglês 'Domestic Terrorism Prevention Act'), obrigaria as agências e forças de segurança a avaliar e a tomar medidas para combater a supremacia branca e extremismos domésticos, especialmente contra minorias. A medida foi aprovada na Câmara dos Representantes graças à maioria dos democratas.

No entanto, no Senado, uma maioria de 50 senadores e uma vice-presidente para desempatar não chegam. Para uma medida ser aprovada, tem de passar pelo Senado, onde os republicanos podem invocar uma ferramenta legislativa conhecida como o 'filibuster', obrigando a uma vantagem de 60-40.

Os conservadores já avisaram que iriam impedir a aprovação do projeto de lei, mesmo depois de dois ataques sangrentos nos últimos dias - um, em Buffalo, onde um adolescente matou dez pessoas num ataque intencionalmente racista e com o objetivo de matar pessoas negras; e outro, na terça-feira em Uvalde, onde outro jovem de 18 anos comprou duas armas e matou 19 crianças numa escola primária.

O Partido Republicano argumenta que atacar diretamente a supremacia branca é causar ainda mais discórdia num país extremamente dividido, apesar dos vários massacres racistas dos últimos anos, muitos deles perpetrados por jovens conservadores e desvalorizados consistentemente nos órgãos de comunicação republicanos, como a Fox News e a Newsmax.

"O problema é que agora temos pessoas na política norte-americana e no governo que consideram qualquer pessoa que não gostam como um extremista, e isso torna-se numa arma política", disse, citado pela CNN, o senador republicano Marco Rubio, da Flórida, um antigo aliado de Donald Trump.

Já Chuck Schumer, o líder democrata no Senado, afirmou que o Senado "tem uma oportunidade para marcar uma posição contra o extremismo", e acredita que a decisão "não é difícil de tomar".

A medida iria criar unidades nos vários departamentos de segurança interna, para vigiar e analisar a atividade terrorista doméstica, especialmente neonazis, em relatórios bianuais.

Além do ataque num supermercado em Buffalo, outro ataque, num salão de beleza frequentado predominantemente por pessoas asiáticas no Dallas, feriu três mulheres coreanas.

Leia Também: "Segunda Emenda não é absoluta". Joe Biden pede limitações sobre armas

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