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Israel admite responsabilidade sobre assassinato de coronel iraniano

Israel admitiu aos Estados Unidos ser responsável pelo assassinato de um coronel da Guarda da Revolução do Irão no domingo, morte pela qual o Irão garantiu vingança, avançou hoje o jornal norte-americano The New York Times.

Israel admite responsabilidade sobre assassinato de coronel iraniano
Notícias ao Minuto

10:53 - 26/05/22 por Lusa

Mundo NYT

O coronel Sayyad Khodayari foi baleado cinco vezes no domingo, enquanto estava sentado no seu carro à porta de casa em Teerão, no domingo, numa ação levada a cabo por duas pessoas não identificadas que fugiram numa motorizada.

Khodayari era, de acordo com a televisão estatal iraniana, um membro da Força Quds, a unidade de elite da Guarda Revolucionária, responsável pelas operações externas.

O Irão acusou "elementos ligados à arrogância global" de ordenar o seu assassinato, uma expressão que se refere aos Estados Unidos e aos seus aliados, como Israel.

"De acordo com o responsável pelos serviços de informações que acompanha o caso, Israel disse às autoridades norte-americanas que estava por detrás do assassinato", publicou hoje o The New York Times.

Segundo o jornal, a informação foi dada por uma fonte daquele serviço sob condição de anonimato, que acrescentou que Israel disse aos Estados Unidos que esta operação visou exigir o fim das ações de um grupo que opera dentro da Força Quds.

Na terça-feira, milhares de iranianos prestaram as últimas homenagens ao coronel Sayyad Khodayari, descrito como "um mártir", gritando palavras de ordem como "Morte à América" e "Morte a Israel".

O Estado-Maior do Irão anunciou, na segunda-feira, a abertura de uma investigação para esclarecer as "circunstâncias exatas do assassinato", tendo o Presidente do país, Ebrahim Raïssi, garantido que o ato seria "vingado".

Israel e os Estados Unidos são inimigos do Irão. Teerão não reconhece a existência do Estado de Israel e os laços diplomáticos com Washington foram cortados na década de 1980.

Nos últimos anos, Teerão acusou Israel de levar a cabo assassinatos de membros das suas forças de segurança e cientistas nucleares, e também de sabotar as instalações iranianas.

A morte de Khodayari surgiu numa altura em que as negociações para salvar o pacto nuclear de 2015 estavam a ganhar algum ímpeto, após um impasse desde meados de março.

Leia Também: Funeral de coronel iraniano assassinado atrai milhares de pessoas

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