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Síria: Soberania não é "carta de chantagem" entre Turquia e NATO

A Síria indicou hoje em duas mensagens dirigidas à ONU que a sua soberania não é "uma carta de chantagem" nas negociações entre a Turquia e a NATO, após Ancara ter sugerido uma nova ofensiva no norte do país.

Síria: Soberania não é "carta de chantagem" entre Turquia e NATO
Notícias ao Minuto

20:59 - 25/05/22 por Lusa

Mundo Síria

O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio defendeu que "a soberania, independência, segurança e integridade territorial da Síria não devem ser uma carta de chantagem e negociação entre Ancara e a NATO", indicou a agência noticiosa oficial síria SANA.

Na passada segunda-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou que "em breve" seriam retomados "os trabalhos" para estabelecer uma zona de segurança de 20 quilómetros de largura ao longo da sua fronteira sul, palco de 2019 de uma ofensiva turca para conquistar território essencialmente controlado pelos curdos sírios.

O anúncio foi interpretado como uma peça de negociação para permitir a entrada da Suécia e Finlândia na NATO, que Ancara ameaça vetar pelo considerar que os dois países escandinavos protegem as Unidade de Proteção Popular (YPG), presentes no norte da Síria e consideradas uma organização "terrorista" por Ancara.

Nas missivas enviadas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e a Linda Thomas-Greenfield, que ocupa a presidência rotativa do Conselho de Segurança, o ministério sírio qualificou hoje a nova operação turca de agressão "colonial" e de atividade "ilegal" equivalente a um "crime de guerra".

"A Síria reserva-se no direito de tomar todas as medidas necessárias estipuladas na Carta da ONU e no Direito internacional para pôr fim às práticas de agressão, ocupação e limpeza étnicas perpetradas pelo regime turco", sublinham os textos, de acordo com a SANA.

A possível ofensiva, que segundo Erdogan irá decorrer "em breve" após terminarem os preparativos de segurança, teria como objetivo instalar uma "zona segura" de 30 quilómetros em território sírio a partir da linha de fronteira para instalar um milhão de refugiados deste país numa zona administrada pelas tropas turcas.

Em 2019, a operação militar foi justificada pelo mesmo objetivo, e implicou o controlo de vastas áreas do norte da Síria pela Turquia.

Ainda hoje, as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma aliança liderada pelos curdos, pediram aos membros da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos -- e que têm fornecido apoio ao YPG no seu combate contra as formações 'jihadistas' nessa região -- para adotarem novas medidas "dissuasoras" contra a "agressão turca".

Leia Também: NATO: Suécia nega estar a fornecer ajuda financeira e militar aos curdos

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