Guerra na Ucrânia. Chefes de diplomacia do báltico repercussões na região
Os chefes da diplomacia dos países do Mar Báltico defenderam, esta quarta-feira, que a invasão russa da Ucrânia terá um "impacto negativo de longo prazo" na segurança da região.
© Reuters
Mundo Conselho dos Estados do Mar Báltico
As reuniões ministeriais do Conselho dos Estados do Mar Báltico, um órgão de cooperação regional, foram suspensas após a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, e com o início do apoio de Moscovo aos separatistas no leste da Ucrânia.
Rompendo com esta longa pausa, os chefes da diplomacia dos 10 países do Mar Báltico - Alemanha, Noruega, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Polónia, Estónia, Lituânia, Letónia -- reuniram na terça-feira e esta quarta-feira em Kristiansand (sul da Noruega), também na presença do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.
A Rússia, por outro lado, não esteve representada nesse encontro, já que, depois de ver suspensa a sua participação no Conselho, em 03 de março, retirou-se em 17 de maio.
"A agressão russa [na Ucrânia] é completamente inconsistente com o modelo de cooperação que rege as relações internacionais na região do Mar Báltico: tem um impacto negativo de longo prazo na segurança regional e é contrária à ordem internacional baseada em regras", disseram os participantes.
"As relações do Conselho com a Rússia e com a Bielorrússia (país observador) permanecerão em suspenso até que a cooperação seja possível de novo, dentro da estrutura dos princípios fundamentais do direito internacional", acrescentaram os membros do Conselho.
Os participantes também renovaram o seu apoio à Ucrânia, dizendo que estão "prontos para se comprometer numa forte parceria de cooperação e reconstrução", bem como para a abertura de investigações internacionais sobre crimes de guerra.
A reunião do Conselho dos Estados do Mar Báltico ocorre quando dois países, Finlândia e Suécia, os únicos membros restantes do Conselho que não fazem parte da NATO, solicitaram oficialmente a adesão à Aliança Atlântica.
O Báltico tem sido palco de intensa atividade militar, há várias semanas, com exercícios na Polónia, Estónia e Dinamarca.
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