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EUA. Aluno impedido de dizer que era gay usa eufemismo que se torna viral

Depois de ser alertado pelo diretor da escola, Zander Moricz, de 18 anos, usou os caracóis do cabelo para aludir à sua orientação sexual.

Notícias ao Minuto

11:57 - 25/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo EUA

Durante uma cerimónia de final de ano escolar, no domingo, o aluno de um liceu no estado norte-americano da Flórida falou sobre as suas experiências e ativismo como o primeiro presidente de turma abertamente homossexual da Pine View School, em Osprey, mas durante o discurso de formatura, nunca disse que abertamente ser gay.

Em vez disso, usou os caracóis do cabelo como um eufemismo para  a sua orientação sexual.

No início deste mês, Zander Moricz, de 18 anos, alegou no Twitter ter sido "silenciado" pelo diretor do liceu, recordando que este o tinha chamado ao escritório e informado que se o discurso referisse o seu ativismo LGBTI+, a administração escolar iria desligar o microfone, terminar o discurso e interromper a cerimónia. Moricz explicou, citado pelo USA Today, que a decisão de censurar o discurso tinha sido "desumana", mas que não quis arriscar arruinar a cerimónia aos colegas.

“Esta característica provavelmente é a primeira que vos vem à cabeça quando pensam em mim como ser humano. Como sabem, tenho cabelo encaracolado", começou por dizer o adolescente em cima do palanque. E continuou: "Haverá tantos miúdos de cabelo encaracolado que precisam de uma comunidade como Pine View e que não a têm".

"Em vez disso, tentar mudar quem são só para poderem existir no clima húmido da Flórida", recordou.

Durante todo o momento, não disse a palavra 'gay' uma única vez. "Sabia que a ameaça de corte do microfone era muito real, por isso não ia deixar que isso acontecesse. Só tinha de ser esperto", contou numa entrevista ao programa Good Morning America, da ABC, referindo no entanto que não devia ter de o fazer.

"Não existo num eufemismo. Mereço ser celebrado", atirou.

O jovem é o mais novo queixoso num processo contra a lei de direitos e educação parental da Flórida - conhecida como 'Don't Say Gay bill' ('Lei Não Digas Gay') - que reúne novas restrições para a discussão sobre orientação sexual e identidade de género nas escolas.

Depois da denúncia feita no Twitter, o agrupamento de escolas local emitiu um comunicado onde confirmava que o diretor tinha reunido com Moricz, mas que o conteúdo do discurso não tinha sido revisto.

Veja um excerto do discurso na galeria acima.

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