O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul revelou em comunicado que todos os três mísseis foram disparados em direção às águas da costa leste da Coreia do Norte, em sequência, entre 6:00 e 7:00 locais de quarta-feira (noite de terça-feira em Lisboa).
A mesma fonte referiu que todos os disparos tiveram como origem a área de Sunan, na capital norte-coreana, Pyongyang.
Após o lançamento, a Coreia do Sul aumentou sua postura de vigilância, mantendo-se em prontidão militar em estreita coordenação com os Estados Unidos.
O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol convocou separadamente uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para discutir os lançamentos da Coreia do Norte, revelou o seu gabinete.
As autoridades japonesas também detetaram os lançamentos e afirmaram que os projéteis caíram fora de águas do Japão, segundo a rede estatal NHK.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, afirmou que o Japão "está a compilar mais detalhes" sobre o ensaio norte-coreano e que o Governo "deu instruções para garantir a segurança dos navios em toda a área".
Com os novos disparos de mísseis, ascendem a 17 os lançamentos da Coreia do Norte desde o início do ano, que incluíram em março um teste de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), o primeiro do género desde 2017.
O lançamento foi revelado poucas horas depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, concluir o seu primeiro périplo pela Ásia, que incluiu a Coreia do Sul.
De acordo com uma declaração conjunta emitida após uma cimeira em Seul entre o Presidente dos EUA e o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, os dois países irão reforçar os exercícios militares conjuntos para enfrentar a ameaça da Coreia do Norte.
"À luz da evolução da ameaça colocada pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC), os dois líderes concordam em iniciar discussões para expandir o âmbito e a escala dos exercícios e treinos militares conjuntos na Península Coreana e à volta desta", refere a declaração.
As autoridades norte-americanas e sul-coreanas já haviam alertado para a elevada probabilidade de um lançamento de mísseis norte-coreanos durante a visita de Biden.
"Estamos preparados para tudo o que a Coreia do Norte pode fazer", assegurou Biden em Seul afirmando não estar inquieto, face a um eventual ensaio nuclear.
As imagens de satélite indicavam que a Coreia do Norte se prepara para realizar um teste nuclear, e os Estados Unidos e a Coreia do Sul têm vindo a avisar há semanas que isso pode acontecer a qualquer momento.
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