A munição de calibre 155, padrão para os países da NATO, pode ser usada por equipamentos de artilharia pesada enviadas à Ucrânia pelos Estados Unidos e Canadá desde o início da invasão russa, há três meses.
Em abril, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, tinha anunciado que Otava ia fornecer às forças ucranianas equipamentos de artilharia pesada, especificamente obuses M777, que tinham sido pedidos pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A ministra da Defesa canadiana, Anita Anand, salientou esta terça-feira que o envio desta munição para artilharia pesada é "crucial" para que a Ucrânia se defenda da ofensiva russa no leste do país.
Anita Anand também destacou que as munições vão chegar à Ucrânia "o mais rápido possível" e que Otava está a trabalhar com os seus aliados da NATO, bem como as autoridades em Kiev, para entregar mais ajuda militar à Ucrânia.
Até agora, o Canadá também já forneceu câmaras sofisticadas para equipar 'drones' de combate, imagens de satélite de alta resolução e outros equipamentos militares.
O governo do Canadá já destinou 500 milhões de dólares canadianos (cerca de 363 milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia este ano.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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