Antigo ministro de Macron acusado de violência sexual ouvido pela polícia
O antigo ministro da Transição Ecológica de Emmanuel Macron e ex-apresentador de televisão, Nicolas Hulot, foi hoje interrogado pela polícia após ter sido acusado por seis mulheres de violência sexual, em diferentes momentos entre 1989 e 2001.
© Getty Images
Mundo França
Nicolas Hulot chegou ao início da tarde, num táxi com vidros fumados, à Brigada de Menores da Polícia de Paris, para onde tinha sido convocado por investigadores do caso de suspeita de violação e agressão sexual.
O antigo ministro do Governo francês, que sempre negou ter forçado as mulheres a ter relações sexuais, retirou-se da vida pública em novembro passado, na sequência de uma reportagem na televisão "France 2", na qual seis mulheres o acusaram.
Uma delas, que era menor na altura, apresentou uma queixa após a emissão.
As mulheres relataram momentos vividos com o ex-ministro e uma delas, a ativista ambiental Claire Nouvian, disse que pessoas próximas de Nicolas Hulot a tinham avisado em 2008 para evitar estar sozinha com ele.
Nicolas Hulot tinha deixado o governo de Emmanuel Macron em 2018 por não poder levar a cabo a transformação ecológica em que estava a apostar.
Quando as primeiras vozes surgiram acusando-o publicamente recebeu o apoio do executivo, mas este recuou quando novos testemunhos foram apresentados e o assunto voltou às mãos do sistema judicial.
A declaração de Nicolas Hulot coincide com o primeiro escândalo mediático do novo Governo de Emmanuel Macron, o primeiro a ser formado após a sua vitória nas eleições presidenciais de abril.
Duas mulheres fizeram acusações de violação nos meios de comunicação social contra o ministro da Solidariedade e Pessoas com Deficiência, Damien Abad, que negou o crime e se recusou demitir-se.
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