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"Não trabalhem para os destruidores do clima", pede António Guterres

Durante um discurso proferido esta terça-feira, o secretário-geral das Nações Unidas convidou os presentes a usarem "os seus talentos para nos impulsionar para um futuro renovável"

"Não trabalhem para os destruidores do clima", pede António Guterres

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, endereçou esta terça-feira uma dura mensagem contra as empresas de combustíveis fósseis, bem como contra os seus investidores, noticia o El País. O discurso foi proferido perante cerca de 8.000 estudantes e membros da comunidade educacional da Universidade de Seton Hall, no estado norte-americano de Nova Jersey.

Nesse mesmo momento, o chefe máximo da ONU pediu aos recém-graduados para que não colaborassem com tais empresas, responsáveis pela emissão massiva de gases de efeito de estufa. "Não trabalhem para os destruidores do clima", exortou António Guterres, pedindo a estes estudantes que poderem seriamente as "oportunidades" que tiverem à sua disposição.

Durante o discurso, o secretário-geral das Nações Unidas convidou ainda os presentes a usarem "os seus talentos para nos impulsionar para um futuro renovável". Isto depois de, há já alguns dias, Guterres ter pedido às nações e empresas para iniciarem a "transição para as energias renováveis antes que seja demasiado tarde".

Nesta mensagem de teor ambientalista e de luta contra as alterações climáticas, António Guterres apontou a crise climática como sendo um dos principais perigos e desafios que se apresentam perante esta nova geração de trabalhadores. "Devem ser a geração que consegue enfrentar a emergência planetária das alterações climáticas", destacou o diplomata português.

Isto tendo em conta que vivemos numa altura em que, "apesar das montanhas de provas de catástrofe climática iminente, ainda vemos montanhas de fundos a irem para o carvão e combustíveis fósseis que estão a matar o nosso planeta", asseverou o secretário-geral da ONU.

Esta terça-feira, Guterres voltou, tal como tinha já feito anteriormente, a criticar o fluxo contínuo de fundos atribuídos à indústria do petróleo, do gás e do carvão: "Sabemos que investir em combustíveis fósseis é um beco sem saída, económica e ambientalmente". Ainda assim, o tempo de "responsabilização" daqueles que "liquidam o nosso futuro" está a chegar, assegurou.

O diplomata acrescentou ainda, na mensagem desta terça-feira, que "a crise climática está a causar estragos e a ameaçar aniquilar comunidades inteiras e mesmo países inteiros" e que os "governos não estão a tomar as medidas necessárias para inverter esta situação"

Recorde-se que o combate às alterações climáticas tem estado no topo da agenda do secretário-geral da ONU durante os últimos anos.

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