Moscovo garante que todos os objetivos da "operação" serão alcançados
A Rússia não fixou um prazo para a "operação militar especial" que iniciou na Ucrânia há três meses, afirmou hoje o secretário-geral do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, assegurando que todos os objetivos serão cumpridos.
© Lusa
Mundo Ucrânia/Rússia
"Não estamos a correr para cumprir um prazo [específico]", disse Patrushev ao jornal russo Argumenty i Fakti, ao responder a uma pergunta sobre o tempo da intervenção na Ucrânia, que a Rússia invadiu em 24 de fevereiro.
Patrushev disse que todos os objetivos estabelecidos pelo Presidente russo, Vladimir Putin, serão alcançados.
"Não pode ser de outra forma porque a verdade, incluindo a verdade histórica, está do nosso lado", afirmou, citado pela agência espanhola EFE.
Ao anunciar a invasão da Ucrânia, na madrugada de 24 de fevereiro, Putin disse que se destinava a proteger as populações russófonas do Donbass, e a "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
"O nazismo ou é 100% erradicado, ou irá erguer a cabeça dentro de alguns anos, e de uma forma ainda mais feia", disse Patrushev, segundo a agência russa TASS.
Patrushev referiu que na Conferência de Potsdam, em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a então União Soviética, os Estados Unidos e o Reino Unido assinaram um acordo para erradicar o militarismo alemão e o nazismo.
"O nosso país estabeleceu tais objetivos em 1945, estabelecemos agora os mesmos objetivos, libertando a Ucrânia do neonazismo", disse.
Patrushev acusou os EUA e o Reino Unido de terem adotado agora, 77 anos depois do acordo de Potsdam, uma "posição diferente, apoiando o nazismo e agindo agressivamente contra a maioria dos países do mundo".
O dirigente russo reiterou que a entrada da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) constituirá uma ameaça direta à Rússia, que será obrigada a reagir.
Acusou a aliança de 30 países de não ser um bloco defensivo, como reclama o Ocidente, mas sim um bloco "ofensivo e agressivo".
Na sequência da guerra na Ucrânia, a Suécia e a Finlândia formalizaram as candidaturas à NATO em 18 de maio, pondo fim a uma política histórica de não-alinhamento.
A Rússia partilha uma fronteira terrestre de 1.340 quilómetros com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.
Na semana passada, Putin considerou que a campanha antirrussa que diz ter sido lançada pelos EUA e os seus aliados prova que a Ucrânia é um pretexto para uma "guerra não declarada" contra a Rússia.
Patrushev disse estar convencido de que as "intenções de desencadear" este tipo de guerra "surgiram muito antes de fevereiro", quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
A "guerra não declarada" do Ocidente contra a Rússia "teria sido implementada independentemente das ações da Federação Russa", acrescentou.
Leia Também: Zelensky pede em Davos "sanções máximas" contra a Rússia
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com