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Países bálticos deixam de importar eletricidade russa a partir de domingo

Os países bálticos, Lituânia, Estónia e Letónia, vão deixar de importar eletricidade da Rússia a partir de domingo, revelou esta sexta-feira o Ministério da Energia e o operador de rede elétrica lituano.

Países bálticos deixam de importar eletricidade russa a partir de domingo
Notícias ao Minuto

23:12 - 20/05/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

O operador de energia elétrica no mercado grossista, Nord Pool, vai terminar com a aquisição de eletricidade da empresa russa Inter RAO, explicou o Ministério da Energia lituano em comunicado.

Com este passo, a Lituânia irá interromper completamente as importações de petróleo, gás e eletricidade de Moscovo.

"Temos que parar de financiar a máquina de guerra russa. Esta medida é uma expressão de solidariedade para com a Ucrânia", salientou o ministro da Energia da Lituânia, Dainius Kreivys.

O governante acrescentou que a Lituânia vai suprimir as suas necessidades de eletricidade através da produção local e importação de outros países europeus como Suécia, Polónia e Letónia.

Por seu lado, o operador da rede elétrica da Lituânia, Litgrid, referiu através da sua conta na rede social Twitter que a medida afeta todos os países bálticos.

"A Nord Pool, operadora no mercado de eletricidade, encerrou a compra e venda de eletricidade russa pelas empresas do grupo Inter RAO, os únicos importadores de eletricidade da Rússia", realçou a empresa.

Em 14 de maio, a Inter RAO cortou a energia para a Finlândia, alegando problemas no pagamento.

Esta sexta-feira, a empresa de energia finlandesa Gasum informou que o fornecimento de gás natural russo será interrompido no sábado, por decisão da gigante russa Gazprom, devido à recusa da Finlândia em pagar em rublos.

Segundo a empresa finlandesa, o maior distribuidor de gás natural liquefeito (GNL) nos países nórdicos, a partir de sábado e durante todo o verão fornecerá aos seus clientes gás natural de outros fornecedores através do gasoduto Baltic Connector.

Países como a Polónia e a Bulgária recusaram-se a pagar o gás em rublos, após o que Moscovo suspendeu os fornecimentos de gás a ambos os países.

Cerca de metade dos importadores de gás da Rússia já abriram contas no Gazprombank para pagar pelo esquema proposto pelo Kremlin, que prevê a conversão de divisas em rublos, declarou na quinta-feira o vice-primeiro-ministro russo, Alexandr Novak.

"Cerca de 54 empresas têm contratos com a Gazprom Export, incluindo grandes, médias e pequenas empresas. Segundo os meus dados, cerca de metade destes já abriu contas especiais em moeda estrangeira e em rublos no nosso banco autorizado", disse ele durante um discurso no fórum juvenil russo "Novos Horizontes".

A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Exército russo anuncia "libertação total" da siderúrgica Azovstal

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