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Organização dos Estados Ibero-americanos saúda alívio de sanções a Cuba

O secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Mariano Jabonero, saudou hoje o alívio das sanções impostas pelos Estados Unidos a Cuba, que "pode ajudar a que os cubanos vivam melhor".

Organização dos Estados Ibero-americanos saúda alívio de sanções a Cuba
Notícias ao Minuto

20:54 - 20/05/22 por Lusa

Mundo EUA

"Creio que é o momento para pensar nestas coisas. A situação de Cuba é muito complicada devido ao bloqueio que existe e [o alívio de sanções] pode ajudar a que os cubanos vivam melhor", disse Jabonero numa entrevista à agência Lusa em Lisboa.

O secretário-geral da OEI, o maior organismo de cooperação multilateral entre países ibero-americanos de língua espanhola e portuguesa, salientou que tudo o que seja para aliviar as tensões "é bom" e que o "comércio suaviza".

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, flexibilizou a política do seu país em relação a Cuba, ao restaurar os voos comerciais para além de Havana, suspendendo limites às remessas e autorizando algumas viagens, embora o turismo para a ilha continue proibido.

O anúncio de Biden é uma inversão em algumas das políticas implementadas pelo seu antecessor, o republicano Donald Trump (2017-2021).

As medidas anunciadas entrarão em vigor nas próximas semanas. Paralelamente, Washington tem também aberto a porta ao alívio de sanções à Venezuela.

Segundo Jabonero, a gestão política da região latino-americana é uma "situação complicada", porque houve várias trocas de governo.

"Mas, para mim, a troca de governo não preocupa, porque parece que estamos num melhor contexto, [quando] a democracia existe. Quando há alternância [de governo] é assim simples", referiu.

A OEI tem trabalhado atualmente para alinhar a agenda regional ibero-americana com o apoio da ONU para o cumprimento da Agenda 2030 com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Sobre a Cimeira das Américas, que vai acontecer de 06 a 10 de junho em Los Angeles (Estados Unidos) e envolta em polémica devido à possível exclusão de Cuba e Venezuela, o secretário-geral da OEI disse que o mais importante é o reforço das democracias perante tendências populistas.

"Há que trabalhar dia a dia para que haja consequência e para que a democracia se construa através de melhores serviços para os cidadãos", sustentou.

O problema do populismo "é solucionado com a participação, com compromisso e recursos" e é uma questão que exige "cautela", referiu.

No início de maio, os Estados Unidos rejeitaram convidar os governos de Cuba, Nicarágua e Venezuela para a Cimeira das Américas, por considerar que "não respeitam" a democracia.

"Cuba, Nicarágua e o regime de [Nicolás] Maduro não respeitam a carta democrática das Américas e, portanto, não espero a sua presença", anunciou o secretário de Estado adjunto norte-americano com o pelouro das Américas, Brian Nichols, em entrevista ao canal de televisão NTN24.

O funcionário sublinho que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "deixou muito claro que os países que não respeitam a democracia não vão receber convite" para a cimeira, que vai reunir chefes de Estado e de governo da região.

O Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, exigiu a participação do seu país na reunião e denunciou que os Estados Unidos pretendem organizar uma cimeira de "Estados seletivos".

"Os grandes desafios da humanidade não se resolvem com confronto e violência, mas com solidariedade e cooperação", acrescentou.

[Notícia atualizada às 21h28]

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