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"Inferno". Deputada ucraniana acusa Rússia de impedir retirada de civis

Na ótica da parlamentar, um fim pacífico para o conflito "dependente da Rússia".

"Inferno". Deputada ucraniana acusa Rússia de impedir retirada de civis
Notícias ao Minuto

10:26 - 20/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

A deputada ucraniana Lesia Vasylenko descreveu a vida no Donbass como "um inferno", acusando a Rússia de impedir "propositadamente" a retirada de civis até Zaporizhzhya, de modo a "provocar mais e mais sofrimento junto da população".

A parlamentar referiu, em entrevista à Sky News, que os bombardeamentos constantes por parte das forças russas na região de Lugansk têm como objetivo "infligir medo, dor e tragédia entre a população, para que se rendam".

"Todos os dias são encontrados mais corpos nos escombros de edifícios destruídos e em valas comuns, no leste da Ucrânia, perto da área de Mariupol", acrescentou. Contudo, após a vitória da Ucrânia, Vasylenko disse ser expectável encontrar "muito mais" vítimas mortais.

Na sua ótica, um fim pacífico para o conflito "dependente da Rússia", já que o presidente russo, Vladimir Putin, é que "começou esta guerra". Contudo, a deputada não encara esse desfecho como algo plausível "neste momento".

Também o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou que as forças russas estão a intensificar os ataques contra a região do Donbass, com "bombardeamentos brutais e completamente sem sentido" na cidade de Severodonetsk, que causaram "em apenas um dia" 12 mortos e dezenas de feridos.

"É o inferno lá. Não é um exagero", salientou o chefe de estado ucraniano, no seu discurso noturno em vídeo dirigido à nação.

Severodonetsk, uma das poucas grandes cidades desta região ainda sob controlo ucraniano, bem como a cidade mais próxima, Lyssytchank, localizam-se cerca de 80 quilómetros a leste de Kramatorsk, o centro administrativo do Donbass ucraniano desde que os separatistas tomaram a parte oriental desta região em 2014.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar na Ucrânia já matou mais de três mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

O conflito causou ainda a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de seis milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Moscovo intensificou ataques no Donbass com "bombardeamentos brutais"

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