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Charles Michel defende maior rapidez na integração dos Balcãs na UE

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, declarou hoje em Belgrado que a União Europeia (UE) pretende acelerar a integração dos países dos Balcãs ocidentais na sequência dos desafios motivados pela invasão militar russa da Ucrânia.

Charles Michel defende maior rapidez na integração dos Balcãs na UE
Notícias ao Minuto

20:30 - 19/05/22 por Lusa

Mundo Europa

"Os desafios hoje exigem novas formas de reflexão e de trabalho, devemos acelerar as integrações", declarou Michel aos 'media' na sequência de uma reunião com o Presidente sérvio Aleksandar Vucic.

Michel assinalou que a UE deve promover um novo impulso para acelerar a integração europeia e para que o processo de alargamento seja mais rápido e eficaz, com benefícios imediatos para os países candidatos e "sem terem de aguardar pelo final da negociação" de integração no clube comunitário.

Nesse sentido, o presidente do Conselho Europeu anunciou para junho uma reunião dos líderes dos países dos Balcãs ocidentais "para analisar como podemos avançar".

Em comunicado, o Conselho Europeu confirmou que os seis líderes dos países dos Balcãs ocidentais (Sérvia, Montenegro, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Albânia e Kosovo) foram convidados para uma reunião na manhã do dia 23 de Junho em Bruxelas, e que antecederá o encontro dos membros desta instância que define as orientações e prioridades políticas gerais da União Europeia.

O objetivo do encontro consiste em promover o reforço dos compromissos entre a UE e os países balcânicos.

Nas suas declarações, Michel também adiantou que o objetivo consiste em organizar duas vezes por ano reuniões deste género "para construirmos juntos uma plataforma eficaz na qual possamos coordenar-nos politicamente", e assinalou que a crise com a covid-19 "mostrou que é indispensável a rapidez na coordenação" e que agora será necessária no âmbito da crise da energia.

Michel e Vucic assistiram no Parque Científico de Belgrado à assinatura de um acordo de financiamento conjunto da UE e do Banco Mundial de 84,5 milhões de euros, dirigido a projetos de investigação e a empresas sérvias emergentes.

O presidente Conselho Europeu, que na sexta-feira se desloca à Bósnia-Herzegovina e Albânia, também defendeu nas suas declarações que a comunidade política europeia defendida pelo Presidente francês, Emmanuel Mácron, e que deverá englobar os países do continente, servirá para reforçar a cooperação com a UE e acelerar a adesão de candidatos.

O dirigente comunitário indicou que esta proposta se destina a "abordar desafios operativos" e aumentar a cooperação de forma imediata, evitando os longos processos de adesão que se prolongam durante anos até à formalização da adesão de um candidato.

Michel rejeitou, contudo, que esta nova plataforma, que será discutida pelo Conselho Europeu, contrarie a política de alargamento da UE, assegurando que "não devem existir dilemas". "Não é uma ideia de Bruxelas para adiar [a integração]", assegurou.

O ex-primeiro-ministro belga também afirmou que este futuro fórum "ajudará" os países que pretendem aderir à União, pelo facto de poder discutir "de forma concreta" a forma de avançar nas reformas europeias.

Leia Também: Macron: "Comunidade política europeia" é "complemento" à adesão à UE

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