Condenado invasor do Capitólio denunciado através de app de encontros

Robert Chapman gabou-se no Bumble que tinha estado no ataque ao Congresso norte-americano, e uma utilizadora acabou por denunciá-lo à polícia.

Capitólio invadido, confrontos pró-Trump e a quase vitória de Biden

© Getty Images

Hélio Carvalho
18/05/2022 22:14 ‧ 18/05/2022 por Hélio Carvalho

Mundo

EUA

Foi condenado, esta quarta-feira, a três meses de prisão domiciliária mais um apoiante do antigo presidente Donald Trump, por ter invadido o Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021. Com uma particularidade: o invasor foi encontrado pelas autoridades através de uma aplicação de encontros.

Depois de fazer 'match' com uma mulher no Bumble (uma aplicação semelhante ao Tinder, com a diferença de serem as mulheres a enviar a primeira mensagem), Robert Chapman gabou-se que tinha "entrado no Capitólio", antes de comentar que tinha realizado uma série de entrevistas como apoiante de Trump.

"Consegui chegar ao Statuary Hall", contou Chapman nas mensagens citadas pela NBC, referindo-se a uma das principais salas dentro do edifício do Congresso.

Chapman foi denunciado pela utilizadora, depois desta constatar que não eram um 'match' e mandar capturas de ecrã ao FBI.

Além das mensagens no Bumble, o homem também se gabou da invasão no Facebook - à semelhança de muitos outros apoiantes de Trump, que foram encontrados pelas autoridades através de publicações em redes sociais. No total, já foram detidas quase 800 pessoas na investigação - mais de 290 dessas pessoas assumiram a culpa nos processos de acusação.

Três meses depois do ataque ao Capitólio, Chapman foi detido pela polícia norte-americana, durante a investigação que levou à detenção e condenação de centenas de apoiantes do antigo presidente. No total, o homem foi condenado a 18 meses de pena suspensa, além de três meses em prisão domiciliária e a uma multa de 1.200 dólares (cerca de 1.147 euros).

O juiz de Washington D.C., na decisão citada pela NBC, encorajou Chapman a aproveitar os três meses para pensar nas suas ações e no seu apoio a atitudes antidemocráticas.

O ataque ao Capitólio em 2021 continua a ser investigado por uma comissão bipartidária, que entrevistou mais de mil pessoas e tem apoiado as autoridades judiciais e policiais a encontrar e deter indivíduos com ligações à insurreição. Donald Trump continua a ser o foco das atenções do comité.

O assalto ao Capitólio tinha o objetivo de travar a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições de novembro de 2020, depois de meses em que Trump fomentou a mentira de que os democratas tinham "roubado" votos em estados chave. Nenhuma acusação foi provada e nenhum processo apresentado pela equipa de Trump concluiu numa acusação favorável ao presidente.

Na sequência dos incidentes, morreram pelo menos sete pessoas: quatro manifestantes e três polícias (um deles suicidou-se após o ataque). Cerca de 150 agentes de autoridade foram feridos.

Leia Também: Washington Post conquista Pulitzer pela cobertura da invasão do Capitólio

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