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Alemanha retira privilégios a ex-chanceler Schroder por laços à Rússia

A coligação do Governo na Alemanha vai retirar na quinta-feira os privilégios concedidos a ex-chefes de governo, em particular a Gerhard Schroder, devido aos laços que mantém com a Rússia, apesar da guerra na Ucrânia.

Alemanha retira privilégios a ex-chanceler Schroder por laços à Rússia
Notícias ao Minuto

12:00 - 18/05/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

A coligação - que reúne social-democratas, ecologistas e liberais -- pretende remover as vantagens atribuídas ao antigo chanceler do país Gerhard Schroder (1998-2005), que trabalha atualmente para empresas de energia controladas pelo Estado russo.

O próprio Partido Social Democrata, do qual Schroeder é membro, avisou hoje que os deputados da comissão parlamentar de Orçamento querem passar a vincular alguns dos privilégios dos ex-líderes alemães (como a disponibilização de funcionários, motoristas ou escritórios) a deveres reais, em vez de ser uma condição imediata pelo seu estatuto de ex-chanceleres.

Como ex-chanceler, Schroder, de 77 anos, ainda tem direito a vários cargos na Câmara dos Deputados e a um orçamento para funcionários, privilégio que custa 400.000 euros por ano aos contribuintes.

O ex-chanceler é presidente do conselho de supervisão da empresa estatal russa de energia Rosneft e esteve envolvido nos projetos de gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2.

No início deste ano, a sua equipa demitiu-se e Schroeder enfrentou uma onda de indignação de ex-aliados políticos quando o jornal norte-americano The New York Times o citou dizendo que o massacre de civis na cidade ucraniana de Bucha "tinha de ser investigado", mas que ele não acreditava que as ordens tivessem partido do Presidente russo, Vladimir Putin, seu amigo de longa data.

O ex-chanceler já estava sob pressão desde a invasão russa da Ucrânia, já que, ao contrário da maioria dos ex-líderes europeus com funções em empresas russas, Schroder não renunciou aos cargos e tem sido, desde então, destituído de honras por várias cidades e alvo de pedidos para a sua expulsão do partido.

Ainda assim, o antigo líder garantiu, em abril, que não tinha intenção de renunciar aos cargos a menos que Moscovo interrompesse as entregas de gás à Alemanha.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Rússia diz que quase mil militares de Azovstal renderam-se

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