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México. Mulher acusa 3 homens de a violarem e abandonarem achando-a morta

Os suspeitos estão identificados mas ainda ninguém foi detido.

México. Mulher acusa 3 homens de a violarem e abandonarem achando-a morta
Notícias ao Minuto

21:57 - 17/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Violação

Uma mulher de 31 anos denunciou três empregados da Comissão Federal de Electricidade (CFE) por violação. O caso ocorreu no México. 

A jovem, chamada Cynthia, acusou os trabalhadores da fábrica de Samalayuca em Ciudad Juárez de a terem agredido sexualmente e de a terem mutilado. Após o ataque, afirma ela, abandonaram-na num campo adjacente à instalação, acreditando que estava morta. Após horas de inconsciência, a mulher acordou e conseguiu telefonar a um amigo, que foi ao local para prestar ajuda.

Os acontecimentos, que ocorreram nas primeiras horas do dia 22 de abril, mas que agora vieram à luz na sequência de protestos da família, estão a ser investigados pelo Ministério Público de Chihuahua. Até agora, ninguém foi preso e apenas um dos empregados foi suspenso. O CFE comprometeu-se a tomar medidas "uma vez feitas as acusações correspondentes".

Segundo relata o El País, a história de Cynthia começa no deserto. Samalayuca é uma aldeia, a cerca de 40 quilómetros da Ciudad Juárez, fundada para os primeiros trabalhadores ferroviários em 1880 e estabelecida com a construção da central eléctrica CFE e uma fábrica de cimento,

A 22 de Abril, uma funcionária da empresa levou a mulher aos escritórios do Sindicato Único de Trabalhadores Eletricistas da República Mexicana. Eles conheciam-se por serem vizinhos na cidade. Três outros homens já estavam à espera no interior do edifício. "Foi absolutamente planeado", diz Leticia Ruiz, do Coletivo Feminino Fronteiriço. A mulher esclarece que embora no início se tenha dito que a jovem tinha ido a uma festa organizada pelos empregados, a família afirma que foi um ataque premeditado com a ajuda de um cúmplice.

Uma vez nas instalações, o homem que tinha levado Cynthia partiu e a agressão sexual foi perpetrada pelos outros três trabalhadores, de acordo com a queixa. "Ela perdeu a consciência quando estava a ser espancada", disse uma tia da jovem ao La Verdad de Juárez.

Os alegados atacantes deixaram o corpo nu de Cynthia num campo próximo, entre algumas vedações e partiram acreditando que ela já estava morta, de acordo com a família.

Depois de horas à noite ao ar livre, a mulher acordou e conseguiu pedir ajuda. Os paramédicos chegaram ao local e levaram-na para o Hospital das Mulheres em Ciudad Juárez. A jovem mulher conseguiu identificar pelo nome e fotografias tanto o homem que a levou aos escritórios, como os três homens que alegadamente a agrediram, e apresentou uma queixa por violação em grupo a 24 de abril. Cinco dias depois, peritos do Ministério Público revistaram a área onde Cynthia foi encontrada e encontraram vários artigos de vestuário e provas, disse o Ministério Público ao El País. A instituição afirma que a 2 de maio, "a vítima alterou a sua versão dos acontecimentos" e apontou apenas um dos agressores. Por este motivo, até agora, apenas foi solicitado um mandado de captura.

Contudo, a família sustenta que se tratou de uma violação em grupo e critica o facto de quase um mês depois ninguém ter sido detido. Todas as pessoas envolvidas deixaram a aldeia e o seu paradeiro é desconhecido. 

Dada a falta de respostas, a família e as coletividades feministas organizaram vários dias de protestos. Durante a última, bloquearam o acesso rodoviário às instalações da CFE para exigir progressos. A empresa estatal assegurou numa declaração na segunda-feira que está a colaborar com as autoridades e que procederá "com as correspondentes sanções laborais e administrativas contra os responsáveis".

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