Detido dirigente da oposição do Chade após manifestação contra a França
Um dos principais líderes da coligação de oposição à junta militar no poder no Chade, que organizou uma manifestação contra a França no sábado, foi detido hoje, anunciaram a polícia e fonte do seu movimento.
© Getty Images
Mundo Chade
A detenção do advogado Max Loalngar, foi divulgada pela polícia na rede social Facebook.
O advogado Max Loalngar "foi detido na sequência da marcha de 14 de maio de 2022 transformada numa manifestação violenta", escreveu a polícia na rede social, acrescentando: "Refira-se que é um dos organizadores da referida marcha".
A detenção foi confirmada por Michel Barka, porta-voz da Wakit Tamma, a principal coligação da oposição, da qual Loalngar é o coordenador.
A detenção anunciada segue-se à de outros cinco dirigentes da oposição, divulgada segunda-feira à noite também pela polícia chadiana na rede social Facebook.
Os cinco líderes da oposição detidos segunda-feira foram acusados de perturbação da ordem pública durante a manifestação no sábado contra a França, acusada de apoiar a junta militar, anunciou a Procuradoria de N'Djamena.
A Wakit Tamma considera que os cinco foram detidos injustamente por "atos de vandalismo" cometidos por outros à margem ou após a manifestação e já exige a sua libertação imediata.
O protesto de sábado juntou várias centenas de pessoas que se manifestaram na capital contra a presença da França no Chade, que acusam de apoiar os militares no poder.
De acordo com os relatos da agência France-Presse, os manifestantes queimaram pelo menos duas bandeiras da antiga potência colonial e vandalizaram sete estações de serviço da Total, símbolo de França, arrancando bombas e levando certos produtos expostos, segundo a mesma fonte.
Nos confrontos entre a polícia e os manifestantes, 12 agentes tiveram de receber tratamento hospitalar.
A manifestação tinha sido autorizada pelas autoridades.
Em 20 de abril de 2021, o exército anunciou que o Presidente do Chade, Idriss Déby Itno, à frente do país durante 30 anos, morreu em combate contra os rebeldes.
No mesmo dia, o seu filho Mahamat Idriss Déby Itno, um general de 37 anos, foi proclamado pelo exército como "Presidente de transição", à frente de uma junta composta por 15 generais.
Esta junta tinha sido apoiada pela comunidade internacional, liderada por França, União Europeia (UE) e União Africana (UA).
Em junho do ano passado, o chefe de Estado chadiano disse que previa uma extensão da transição se os chadianos não "conseguissem dar-se bem" e entregar a "Deus" o seu "destino" pessoal durante as eleições.
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