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Representante da UE para o Sahel preocupada com mercenários russos

A representante especial da União Europeia (UE) para o Sahel, Emanuela del Re, considerou a presença da companhia militar privada russa Wagner em vários países da região africana "uma questão muito séria" e "muito preocupante".

Representante da UE para o Sahel preocupada com mercenários russos
Notícias ao Minuto

15:21 - 16/05/22 por Lusa

Mundo Sahel

A diplomata italiana referiu que o problema dos mercenários russos foi abordado numa recente reunião à porta fechada na Finlândia, visto existirem provas de abusos cometidos por estas forças ligadas ao Kremlin, cujas estratégias escapam às regras de combate definidas para "os corpos militares normais".

A responsável acusou também o grupo Wagner de iniciar "uma campanha muito séria de desinformação que pode prejudicar a UE", dando o exemplo do "falso massacre no Mali", encenado por elementos da companhia russa nos últimos dias, e reiterando a necessidade de contrariar esta situação "distorcida" que pode atingir a EU "de forma grave e mesquinha".

Ainda em fevereiro, a França anunciou a retirada das suas forças do Mali, na sequência da decisão da junta militar que tomou o poder num golpe de Estado, em maio de 2021, de empregar forças mercenárias do grupo Wagner, descritas como instrutores militares.

Emanuela del Re, alertou ainda que a crise alimentar resultante da guerra na Ucrânia será "o problema do futuro" para os 11 países do Sahel, região instável que inclui o norte do Senegal, o sul da Mauritânia, o Mali, o norte do Burkina Faso, o extremo sul da Argélia, o Níger, o norte da Nigéria, a faixa central do Chade e do Sudão, a Eritreia e o norte da Etiópia.

Lembrando o apelo aos doadores feito numa reunião em Paris, defendeu ser preciso "intervir para deter a crise" e encontrar rapidamente "soluções eficazes e sustentáveis".

Sobre o risco de uma nova vaga migratória do Sahel para a Europa, a representante da UE destacou a maior importância dos movimentos "de sul para sul" - os deslocamentos entre os países que compõem a região - face à migração "de sul para norte".

Leia Também: Mali anuncia saída da organização regional G5 do Sahel

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