Finlândia na NATO? Vai "acrescentar um novo fator às relações bilaterais"
As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian.
© Getty Images
Mundo Rússia/Ucrânia
A China deu, esta segunda-feira, uma resposta vaga quando questionada acerca da candidatura da Finlândia para uma adesão à NATO, noticia o The Guardian. Zhao Lijian, ministro dos Negócios Estrangeiros do país, afirmou que tal mudança injetaria um "novo fator" nas relações sino-finlandesas.
"A China deu conta da proposta da Finlândia de aderir à NATO. A relação sino-finlandesa tem sido sempre amigável. A candidatura da Finlândia à adesão à NATO irá, evidentemente, acrescentar um novo fator às relações bilaterais", disse o ministro, numa conferência de imprensa.
Zhao Lijian não elaborou quando questionado acerca do significado desse "novo fator". Porém, ao ser pressionado por um jornalista finlandês, acabaria por apontar que a China tem sido "muito clara sobre a NATO e sobre a sua expansão para leste".
Recorde-se que, nos últimos anos, o regime de Pequim tem vindo a ser consistentemente crítico da Aliança Atlântica.
O chinês Global Times, num editorial, tinha advertido na semana passada que a expansão da NATO "corre o risco de transformar a Europa num novo barril de pólvora". "A mudança resultará, mais diretamente, num boom no poder da NATO, formando um novo e agudo desafio à ordem de segurança da Europa", pode ler-se ainda no mesmo meio de comunicação social.
No domingo, a Finlândia confirmou que vai mesmo avançar com um pedido de adesão à NATO, de acordo com a informação divulgada pelo presidente Sauli Niinisto. Já esta segunda-feira, foi a vez da Suécia dar o mesmo passo, com a primeira-ministra Magdalena Andersson a anunciar o término a dois séculos de uma política de neutralidade.
Recorde-se ainda que o presidente russo tem vindo a citar repetidamente o alargamento da Aliança Atlântica para leste, em direção às fronteiras da Rússia, como justificativa para a guerra na Ucrânia.
A ofensiva militar russa na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. Também segundo a mesma fonte, mais de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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