Candidatura conjunta à NATO é "melhor" para segurança da Suécia
Uma candidatura conjunta à NATO com a Finlândia é "melhor" para a Suécia e para a sua segurança, disse hoje a primeira-ministra social-democrata da Suécia, Magdalena Andersson, após uma reversão histórica na posição do seu partido.
© News Agency/Fredrik Persson via REUTERS
Mundo NATO
A líder sueca vai ao Parlamento na segunda-feira "para garantir um amplo apoio parlamentar a uma candidatura à NATO" e para "depois tomar uma decisão do governo", disse em conferência de imprensa.
O Partido Social Democrata sueco, no poder, aprovou hoje uma candidatura da Suécia à NATO, abrindo caminho a um pedido de adesão pelo Governo.
Numa reunião extraordinária, a direção decidiu que o partido irá "contribuir para uma candidatura da Suécia à NATO", anunciaram os sociais-democratas num comunicado.
A notícia surge no dia em que a Finlândia anunciou a intenção de aderir à NATO, alargando assim a aliança militar ocidental que conta com 30 membros.
A inversão na histórica posição de não alinhamento dos dois países escandinavos surge na sequência da invasão da Ucrânia por Moscovo em 24 de fevereiro, que fez mudar a opinião pública e política na Finlândia e na Suécia.
No comunicado de hoje, o partido sueco precisa, no entanto, que se opõe à instalação de bases permanentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês) e de armas nucleares no território sueco, algo que não é exigido para aderir à Aliança Atlântica.
Uma consulta interna tinha revelado divisões no seio do partido, com vozes críticas que denunciavam uma decisão precipitada para seguir o calendário finlandês.
No entanto, a aprovação da direção do partido não estava em causa.
A decisão deverá ser aprovada por maioria no Parlamento, já que a direita já defendia a adesão e a extrema-direita é também favorável, desde que a Suécia entre na NATO juntamente com a Finlândia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, qualificou no sábado como "um erro" a candidatura da Finlândia e Moscovo avisou Helsínquia de que será forçado a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se o país aderir à NATO.
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