NATO: Finlândia diz que Turquia manifestou há um mês apoio à adesão

O Presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, afirmou hoje que o homólogo turco tinha manifestado há um mês o apoio à adesão do país nórdico à NATO, manifestando, por isso, estranheza com a atual posição da Turquia.

Sauli Niinisto, Finland's president, meets with U.S. President Joe Biden, not pictured, in the Oval Office of the White House in Washington, D.C., U.S., on Friday, March 4, 2022. The presidents are set to discuss Russia's attack on Ukraine and its impact

© Getty Images

Lusa
15/05/2022 14:32 ‧ 15/05/2022 por Lusa

Mundo

NATO

No sábado, o Presidente da Turquia, Recep Erdogan, manifestou-se desfavorável à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO, por acolherem militantes curdos que a Turquia considera terroristas.

Contudo, hoje, durante uma conferência de imprensa para anunciar a intenção da Finlândia de aderir à NATO, o Presidente finlandês, Sauli Niinistö, revelou estar surpreendido com a posição assumida pela Turquia, uma vez que Erdogan tinha previamente manifestado apoio à adesão do país nórdico à aliança.

"Tive uma conversa telefónica com o Presidente Erdogan, há cerca de um mês. Na verdade, foi ele que abordou o assunto, antes de eu ter oportunidade de o fazer. Ele disse: 'Vão candidatar-se à NATO e nós vamos aprovar'. Agradeci-lhe e ele ficou contente com o agradecimento. Portanto, como podem compreender estou um pouco confuso", afirmou Sauli Niinistö.

Durante esta conferência de imprensa, na qual participou também a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, o chefe de Estado finlandês abordou igualmente as relações futuras entre o país nórdico e a Rússia.

"A relação entre a Finlândia e a Rússia irá mudar, certamente, e tenho a certeza de que a Rússia partilha a mesma opinião. Mas existem questões diárias que exigem uma cooperação", apontou.

O Presidente finlandês, Sauli Niinistö, telefonou no sábado ao homólogo russo, Vladimir Putin, para abordar a candidatura de adesão da Finlândia à NATO, anúncio que foi mal recebido por Moscovo.

"A conversa foi direta e decorreu sem contrariedades. Evitar as tensões foi o ponto considerado relevante", disse o chefe de Estado finlandês através de um comunicado à imprensa, citado pela AFP.

Por seu lado, segundo um comunicado do Kremlin, Vladimir Putin considerou que o fim da neutralidade militar da Finlândia seria um "erro."

"Vladimir Putin sublinhou que o fim da política tradicional de neutralidade militar seria um erro, já que não existe qualquer ameaça à segurança da Finlândia", disse o comunicado.

Para permitir a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, é necessário o aval dos 30 membros da Aliança Atlântica, o que significa que a Turquia poderá bloquear a adesão dos dois países escandinavos, cuja candidatura deverá ser formalizada nos próximos dias.

Na sequência da guerra na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia iniciaram um debate sobre a adesão à NATO, que, a concretizar-se, significará o abandono da histórica posição de não-alinhamento dos dois países.

A Rússia, que partilha 1.340 quilómetros de fronteira terrestre com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia, avisou que será forçada a tomar medidas de retaliação se Helsínquia aderir à NATO.

Leia Também: Adesão da Finlândia à NATO beneficia "toda a região nórdica"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas