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Igor fugiu a pé de Mariupol com o cão e uma mala. Percorreu 225 km

Ucraniano caminhou ao longo de 225 quillómetros através de cidades devastadas, com a os olhos postos no chão para evitar minas pelo caminho e a atravessar pontes destruídas com a mala que trazia e o seu cão.

Igor fugiu a pé de Mariupol com o cão e uma mala. Percorreu 225 km

© Getty Images

Notícias ao Minuto
13/05/2022 20:34 ‧ há 3 anos por Notícias ao Minuto

Chama-se Igor Pedin, tem 61 anos, e é um dos ucranianos que fugiu da cidade portuária de Mariupol, ocupada pelas tropas russas. Munido de uma mala com o pouco que podia trazer consigo, com a roupa que tinha no corpo e com o seu fiel companheiro de quatro patas, Zhu Zhu, percorreu a pé centenas de quilómetros. 

De Mariupol a Zaporizhzhia, Igor caminhou ao longo de 225 quilómetros através de cidades devastadas, com os olhos postos no chão para evitar minas pelo caminho e a atravessar pontes destruídas com a mala que trazia e o seu cão. O percurso é semelhante a caminharmos de Lisboa a Ílhavo, por exemplo, mas num cenário de inferno marcado pela guerra.  

A longa jornada levou-o por territórios ocupados pelos russos e, segundo conta ao The Guardian, foi um milagre chegar a Zaporizhzhia em segurança.

A decisão de abandonar a sua cidade foi tomada no dia 20 de abril, altura em que os militares russos já tinham invadido a cidade e começavam a disparar sem piedade. Na manhã seguinte, pegou na mala com alguns suprimentos e em Zhu Zhu e pôs pés ao caminho, na tentativa de ser invisível para os invasores.

“Eu parecia um vagabundo para eles, eu não era nada. Eu estava sujo e coberto de poeira, pois a minha casa estava cheia de uma névoa de fumo. Saí da cidade por pela autoestrada e no topo dei a volta. Olhei de volta para a cidade e disse a mim mesmo, 'foi a decisão certa'", contou ao jornal. 

Refira-se que Mariupol foi completamente destruída após a ocupação russa. Apenas Azovstal é o último reduto da resistência ucraniana na cidade portuária. 

O número de mortos nesta cidade ascende aos milhares, revelou na quinta-feira a alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michele Bachelet.

Leia Também: Ucrânia: Número de mortos em Mariupol chega a milhares, diz Bachelet

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