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Moldova denuncia destabilização na Transnístria e diz que povo quer a paz

Governo moldavo acusa separatistas pró-russos de quererem a guerra e pede uma via diplomática para a resolução da tensão na região.

Moldova denuncia destabilização na Transnístria e diz que povo quer a paz
Notícias ao Minuto

15:47 - 13/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Transnístria

A região pró-russa da Transnístria continua a ser alvo de preocupação por parte do governo da Moldova, do qual a região faz parte, que voltou a acusar, esta sexta-feira, os separatistas pró-Rússia de destabilizar o território e procurar a guerra.

A guerra na Ucrânia e as ameaças de Moscovo sobre territórios que chegaram a fazer parte da União Soviética ou do império russo, elevaram as tensões na Moldova. Em abril, tanto o governo como os líderes separatistas na Transnístria trocaram acusações sobre a responsabilidade de uma série de explosões, que destruíram uma torre de comunicações e uma infraestrutura militar.

À margem da reunião do G7 entre ministros dos Negócios Estrangeiros, citado pela Reuters, o ministro moldavo, Nicu Popescu não apontou o dedo sobre os ataques, mas deixou claro que acredita haver um elo de ligação entre a tensão recente no país e a guerra na Ucrânia.

"Queremos resolver o conflito na Transnístria através da diplomacia e do diálogo pacífico. O que vemos é que a maioria absoluta dos cidadãos da Transnístria não querem viver numa zona de guerra e querem a paz, mas há forças no interior que alimentam a destabilização", disse o governante.

Sobre os separatistas pró-Rússia, que apoiam a anexação do território - tal como aconteceu com a Ossétia do Sul e a Abecássia (Geórgia), e na Crimeia (Ucrânia) -, Nicu Popescu disse que estes são "limitados, mas querem brincar ao atiçar as tensões, provocando, tornando a população da Transnístria histérica e a população da Moldova nervosa".

"Há forças internas que querem destabilizar a região e trazer a guerra para perto das nossas casas. Estamos a trabalhar para garantir que isso não acontece", rematou o ministro moldavo.

A questão da soberania da Transnístria subsiste há cerca de 30 anos, desde que a Moldova se tornou independente em março de 1992 da União Soviética - levando consigo a região, que faz fronteira com o sudoeste da Ucrânia. O governo de Chisinau tem tido dificuldades em suportar os elevados custos do fluxo de refugiados ucranianos no país, mas continua a apoiar firmemente o esforço de guerra da Ucrânia.

Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a Moldova, que tem uma população de apenas 2,6 milhões de habitantes, já acolheu cerca de 460 mil refugiados desde o início da guerra. 

Leia Também: Kyiv denuncia preparativos russos para combate "iminente" na Transnístria

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