Síria: Dez combatentes pró-regime mortos durante ataque rebelde
Dez combatentes pró-regime de Damasco foram mortos hoje no norte da Síria quando o seu autocarro foi atingido por um míssil, segundo a organização não-governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
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Mundo Conflitos
De acordo com a ONG, ainda não ficou claro se o ataque, realizado na província de Aleppo, no oeste do país, foi realizado pelo grupo 'jihadista' dominante na região Hayat Tahrir al-Sham (HTS, antigo ramo sírio da Al-Qaida) ou outras forças rebeldes.
Foram mortas "pelo menos 10 pessoas e outras ficaram feridas", disse à agência de notícias France-Presse (AFP) o diretor da OSDH, Rami Abdel Rahmane.
De acordo com Rahmane, os atacantes lançaram um míssil antitanque contra o autocarro que transportava combatentes pró-regime das cidades de Nubl e Zahra.
É o maior número de óbitos após um ataque rebelde desde que um cessar-fogo mediado pela Turquia -- que apoia os rebeldes sírios -- e pela Rússia -- aliada do regime de Damasco -- foi concluído em março de 2020.
Antes da intervenção da Rússia no conflito sírio em 2015, Damasco controlava apenas 20% do território nacional.
Com o apoio da Rússia e do Irão, o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, recuperou grande parte do território perdido no início do conflito, que eclodiu em 2011.
O último reduto da oposição armada está agora localizado em grande parte da província de Idlib (noroeste) e outras áreas das províncias vizinhas de Aleppo, Hama e Latakia.
O HTS, o antigo ramo sírio da Al-Qaida, tem um papel dominante com os seus aliados.
No domingo, seis membros do grupo rebelde foram mortos e outros cinco ficaram gravemente feridos por um míssil antitanque lançado pelas forças do regime na província de Hama, segundo o OSDH.
A trégua de março de 2020, que incluiu Idlib e áreas vizinhas, foi mantida apesar de ataques esporádicos de ambos os lados, incluindo ataques aéreos russos contínuos.
O cessar-fogo foi concluído quando a Turquia fazia questão de afirmar a sua influência sobre o norte da Síria e pretendia evitar uma nova fase de combates que poderiam causar uma nova onda de refugiados para as suas fronteiras.
O conflito na Síria resultou até agora na morte de mais de 610 mil pessoas e numa grave crise humanitária, com milhões de refugiados e deslocados internos, segundo a ONU.
Desencadeada em março de 2011 pela repressão às manifestações pró-democracia, a guerra na Síria tornou-se mais complexa ao longo dos anos com o envolvimento de potências regionais e internacionais, e a ascensão de extremistas islâmicos.
Apesar de derrota, o Estado Islâmico tem conseguido perpetrar ataques mortais através de células adormecidas, principalmente no vasto deserto no centro do país, onde realiza constantes emboscadas contra forças pró-governo.
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