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EUA estão em "guerra" contra Moscovo ao armarem Kyiv, acusa Medvedev

O ex-presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, acusou quarta-feira os Estados Unidos de estarem a realizar uma "guerra por procuração" contra Moscovo na Ucrânia, através do fornecimento de ajuda sem precedentes a Kyiv.

EUA estão em "guerra" contra Moscovo ao armarem Kyiv, acusa Medvedev
Notícias ao Minuto

07:21 - 12/05/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"O objetivo [de Washington] é manter uma guerra por procuração contra a Rússia, infligir uma grande derrota ao nosso país, limitando o desenvolvimento económico e a influência política no mundo", realçou o atual vice-presidente do Conselho de Segurança russo através da rede social Telegram.

Medvedev frisou que a ambição de Washington é justificada com o fornecimento de ajuda sem precedentes a Kyiv.

Mas o ex-presidente russo, entre 2008 e 2012, garantiu estar convencido que os Estados Unidos "não atingirão os seus objetivos" porque "a sua máquina de impressão de dinheiro quebrará primeiro".

"Enquanto isso, atingiremos os objetivos da operação especial [na Ucrânia]", acrescentou Medvedev.

No final de abril, o Presidente dos EUA, Joe Biden, tinha pedido formalmente ao Congresso uma enorme extensão do orçamento de 33 mil milhões de dólares (31 mil milhões de euros) para a Ucrânia, dos quais mais de 20 mil milhões de dólares (19 mil milhões de euros) são destinados à assistência militar para apoiar Kyiv na guerra contra a Rússia.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje um pacote de 40 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros) para a Ucrânia, reforçando o apoio a Kyiv como pedido pelo Presidente Joe Biden.

O texto inclui uma componente económica e humanitária, mas também armas e munições.

Também hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, disse esperar que o conflito militar na Ucrânia termine com as tentativas do Ocidente em promover um mundo unipolar dominado pelos Estados Unidos.

"Esperamos, confiamos que a operação russa atinja todos os objetivos planeados e leve o Ocidente a parar (...) de tentar promover o mundo unipolar dominado pelos Estados Unidos e os seus aliados", referiu, durante uma conferencia de imprensa conjunta com o homólogo do Omã, Badr Al Busaidi.

O ministro russo reiterou que os objetivos da "operação militar" na Ucrânia passam primeiro pela "proteção dos habitantes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk do regime neonazista em Kyiv" e em "garantir que o Ocidente não use o território da Ucrânia para gerar ameaças militares à segurança da Rússia".

A Rússia iniciou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 5,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A ONU confirmou hoje que 3.496 civis morreram e 3.760 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

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