A resposta é: mais ou menos. O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, e o presidente norte-americano, Joe Biden, estão a ponderar aplicar um teto máximo ao preço do gás e do petróleo, por seu lado Portugal e Espanha vão criar um teto máximo ao preço do gás apenas e dissociar temporariamente os preços do gás e eletricidade na Península Ibérica.
Após a reunião concretizada na Casa Branca, Mario Draghi disse em conferência de imprensa na Embaixada de Itália, em Washington, que a "ideia é criar um cartel de compradores ou convencer os grandes produtores a aumentar a produção".
No entanto, admitiu o primeiro-ministro italiano, "ainda há muito trabalho a ser feito".
Segundo o próprio a ideia de teto máximo foi bem acolhida por parte de Biden, apesar de, ao presidente dos EUA, lhe interessar mais limitar os preços do petróleo. Ambos se mostraram descontentes com os mercados do petróleo e gás e daí a ideia de tetos máximos ser algo que agrada tanto a Draghi quanto a Biden.
Em causa está também a "necessidade de nos libertarmos da dependência do gás é ainda maior agora do que era nos últimos meses", assinalou Draghi fazendo referência à guerra na Ucrânia.
Recorde-se que Portugal e Espanha irão limitar o preço do gás através do mecanismo ibérico sobre o qual Bruxelas aguarda aprovação a fim de emitir a decisão. O mecanismo temporário permitirá fixar o preço médio do gás nos 50 euros por MWh e dissociar os preços do gás e eletricidade na Península Ibérica.
Na atual configuração do mercado europeu, o gás determina o preço global da eletricidade quando é utilizado, uma vez que todos os produtores recebem o mesmo preço pelo mesmo produto - a eletricidade - quando este entra na rede.
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