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EUA. Locais de enterro descobertos em 53 internatos nativos americanos

De acordo com Deb Haaland, o Congresso dos Estados Unidos terá fornecido sete milhões de dólares (6,65 milhões de euros) para manter a investigação a decorrer durante este ano.

EUA. Locais de enterro descobertos em 53 internatos nativos americanos
Notícias ao Minuto

21:01 - 11/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Uma investigação do Departamento do Interior dos Estados Unidos, que se debruçou sobre os internatos destinados a nativos americanos, encontrou "locais de enterro" em cerca de 53 instituições de ensino. A informação foi avançada pela secretária do Interior Deb Haaland, aqui citada pela Reuters.

Os investigadores governamentais identificaram evidências de maus tratos em 408 escolas que receberam financiamento federal entre 1819 e 1969, bem como em outras 89 escolas que não receberam dinheiro do governo. Muitas crianças foram maltratadas nas escolas, sendo que outras dezenas de milhares desapareceram sem deixar rasto, de acordo com ativistas e investigadores.

O relatório da investigação observou, neste âmbito, que "abusos físicos, sexuais e emocionais desenfreados" ocorreram nas escolas - tendo a investigação encontrado, até agora, mais de 500 crianças que morreram enquanto se encontravam sob custódia das instituições de ensino. Números que, de acordo com os investigadores, deverão ficar aquém dos reais.

De acordo com a secretária do Interior, os próximos objetivos desta investigação, que teve início no ano passado, passa por estimar o número de crianças que frequentaram as escolas, encontrar mais "locais de sepultura" e identificar quanto dinheiro federal foi para as igrejas que participaram neste sistema escolar, entre outras questões.

De acordo com Deb Haaland, o Congresso dos Estados Unidos terá fornecido sete milhões de dólares (6,65 milhões de euros) para manter a investigação a decorrer durante este ano - algo que, na sua perspetiva, será essencial para ajudar os nativos americanos a "sararem".

Deborah Parker, líder do National Native American Boarding School Healing Coalition, que está a ajudar o Departamento do Interior na sua investigação, disse que o relatório apenas foi capaz de alcançar a superfície do trauma de que este povo foi alvo.

"Os nossos filhos tinham nomes. Os nossos filhos tinham famílias. Os nossos filhos têm as suas próprias línguas", disse Parker, numa conferência de imprensa. "Os nossos filhos tinham as suas próprias tradições, orações e religião, antes de os internatos os levarem violentamente", acrescentou.

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