Adesão de Finlândia à NATO não será "contra ninguém", assegura Presidente

O Presidente finlandês afirmou hoje que uma adesão da Finlândia à NATO não será "contra ninguém", depois de Moscovo ter alertado Helsínquia para as "consequências" em caso de candidatura.

Sauli Niinisto, Finland's president, meets with U.S. President Joe Biden, not pictured, in the Oval Office of the White House in Washington, D.C., U.S., on Friday, March 4, 2022. The presidents are set to discuss Russia's attack on Ukraine and its impact

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Lusa
11/05/2022 20:32 ‧ 11/05/2022 por Lusa

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Finlândia

Por ocasião da assinatura de um acordo de proteção mútua com o Reino Unido, o chefe de Estado finlandês, Sauli Niinistö, também instou Moscovo a considerar-se responsável por uma eventual adesão de Helsínquia à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte).

"Se aderirmos [à NATO], a minha resposta [à Rússia] será: 'Foram vocês que fizeram isto, vejam-se ao espelho'", afirmou Niinistö.

Mas "aderir à NATO não será contra ninguém", sublinhou, todavia, o Presidente finlandês, dirigindo-se a Moscovo.

"Não é um jogo de soma zero. Se a Finlândia está a aumentar a sua segurança, não é às custas de mais ninguém", frisou, ao lado do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

O Presidente deve oficializar na quinta-feira a sua posição "pessoal" sobre a adesão, com o anúncio de uma candidatura à Aliança Atlântica esperado para os próximos dias, provavelmente em conjunto com a Suécia.

"A NATO é uma aliança defensiva", afirmou, por seu lado, Boris Johnson.

Numa conferência de imprensa em Helsínquia, os dois dirigentes assinaram uma declaração de assistência mútua entre a Finlândia e o Reino Unido, em caso de guerra.

Esta garantia, idêntica a um texto assinado por Johnson com a Suécia também hoje, horas antes, devem em particular ser usadas durante o período entre a candidatura e a adesão à NATO, uma vez que a proteção da aliança militar ocidental apenas é garantida aos seus membros.

Questionado sobre o risco de uma candidatura à Aliança Atlântica ser encarada como uma provocação por Moscovo, o Presidente finlandês respondeu que foi a Rússia que alterou a situação, no final de 2021.

"Eles (os russos) exigiram que a Finlândia e a Suécia não entrassem para a NATO. Eles exigiram que a NATO não aceitasse mais membros", recordou Niinistö.

"Ao dizer isso, a Rússia disse, de facto, que nós já não tínhamos liberdade de escolha. E isso é uma mudança enorme", defendeu.

"Isso fez-nos pensar, e o que se passou a 24 de fevereiro (invasão russa da Ucrânia) e a enorme guerra que a Rússia está a travar na Ucrânia também alteraram a situação: eles estão prontos para atacar um país vizinho", afirmou.

A Finlândia, que partilha uma fronteira de quase 1.300 quilómetros com a vizinha Rússia, ficou fora da NATO após o fim da Guerra Fria, embora tendo-se tornado parceira da aliança militar ocidental.

Leia Também: PM finlandesa diz que adesão à NATO reforçará a segurança do país

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