Três parteiras com pena suspensa por morte de parturiente no Senegal
Três parteiras foram hoje condenadas por um tribunal senegalês a seis meses de pena suspensa por "não assistência a uma pessoa em perigo", após a morte num hospital público de uma mulher grávida que tinha esperado em vão por uma cesariana.
© Reuters
Mundo Hospital
Outras três parteiras, também julgadas desde 27 de abril pelo tribunal em Louga (norte), foram libertadas.
O julgamento foi pronunciado hoje de manhã pelo presidente da audiência, Ahmet Issa Sall, na presença dos seis arguidos, observou a agência AFP.
Segundo a imprensa senegalesa, Astou Sokhna, com cerca de 30 anos, casada e grávida de nove meses, morreu em 07 de abril no hospital de Louga, depois de esperar, com muito sofrimento, durante 20 horas, pela cesariana que pediu.
O pessoal recusou o seu pedido, argumentando que a sua operação não estava planeada, e ameaçou afastá-la se insistisse.
O caso provocou uma onda de indignação nas redes sociais contra as deficiências do sistema de saúde pública e provocou reações ao mais alto nível do Estado senegalês.
O Presidente Macky Sall emitiu uma mensagem de condolências e deu instruções para determinar quem era o responsável.
O ministro da Saúde, Abdoulaye Diouf Sarr, reconheceu, em 14 de abril, que a morte da jovem mulher poderia ter sido evitada com mais vigilância.
O diretor do hospital foi entretanto demitido e substituído.
Leia Também: Senegal ajuda famílias pobres devido à guerra na Ucrânia e à covid-19
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com