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Relatos de tortura: Intercetada conversa telefónica entre russo e mãe

O relato que se segue, e que revela alguns dos atos de tortura cometidos sob ucranianos, pode chocar os leitores mais sensíveis.

Relatos de tortura: Intercetada conversa telefónica entre russo e mãe
Notícias ao Minuto

08:31 - 10/05/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra

Uma chamada telefónica entre um militar russo e a sua mãe foi intercetada pelos serviços de inteligência ucranianos e a conversa prova a barbaridade dos atos cometidos no terreno de guerra.

A conversa é protagonizada pelo militar Konstantin Solovyov e a sua mãe Tatiana Solovyova. Depois de inicialmente se rirem sobre o facto de os soldados estarem a roubar comida aos ucranianos na cidade de Kharkiv, o militar acaba por detalhar os atos de tortura que estão a ser cometidos pelas Forças de Segurança Russas.

Konstantin partilhou com a mãe que está a ser usada a tática conhecida como '21 rosas' e que consiste em retirar a pele de um dedo de forma faseada como se se estivessem a tirar pétalas de uma flor. A tática, segundo o próprio, foi usada também nos dedos dos pés e até nos órgãos sexuais masculinos de alguns ucranianos.

O militar partilhou ainda uma agressão fatal a um idoso só por divertimento e ainda um prisioneiro a quem partiram as pernas para impedir que este fugisse. Konstantin acaba por confessar que, de certa forma, se tem divertido com a situação, sentimento que questiona se será normal.

"Se eu estivesse aí, também estaria a apreciar isso. Somos iguais", responde-lhe Tatiana.

"Depois de 20 mortos, deixei de sentir remorsos", confessa o soldado, apaziguando os seus sentimentos sob o pretexto de que se a situação fosse a inversa, os ucranianos fariam o mesmo.

Um excerto da referida conversa foi partilhado pelo Ministério da Defesa Ucraniana, dá conta o Daily Mail.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU. Há relatos, ainda, que aqueles que permaneceram no país terão sido alvo de atos hediondos e dos quais se destaca, por exemplo, o alegado massacre em Bucha, onde centenas de pessoas terão sido torturadas e mortas.

Leia Também: Rússia continua a avançar pelo Donbass, embora lentamente, diz Pentágono

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