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Dia da Vitória. "Uma montanha muito grande pariu um rato muito pequeno"

José Milhazes considerou que a situação em Azovstal é "uma espinha na garganta" de Putin e também que o seu discurso tinha "velhas ideias".

Dia da Vitória. "Uma montanha muito grande pariu um rato muito pequeno"

José Milhazes analisou, esta segunda-feira, o discurso de Vladimir Putin e os acontecimentos no âmbito do Dia da Vitória, em Moscovo. Durante o seu comentário na SIC Notícias, sublinhou que, no que diz respeito ao discurso na Praça Vermelha, era caso para dizer que "uma montanha muito grande pariu um rato muito pequeno".

O historiador considerou que aquilo que o presidente da Rússia disse hoje, 77 anos depois da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazi, era um "discurso de circunstância" e que poderia fazer parte de um texto escrito "há 30 anos". "Não tinha grandes alternativas", apontou o comentador, explicando que se o líder russo falasse em vitórias a comunidade internacional poderia ridicularizá-lo.

"Não tinha nada para apresentar a não ser velhas ideias", disse, referindo-se à parte do discurso na qual Putin disse que a NATO planeava atacar a Rússia. "Foi isso que ele repetiu e não disse mais nada de importante", reiterou.

O comentador falou ainda sobre a "coragem louca" que os jornalistas do site pró-Kremlin tiveram, ao publicar cerca de 40 artigos, em que num dos quais acusavam Putin de ser um "ditador paranoico". Apesar de a Interfax ter alegado que vários meios sofreram um ataque informático, o historiador sublinhou: "Os próprios jornalistas disseram que não, que foram eles".

Milhazes falou ainda do "espírito militarista" que hoje esteve presente na Praça Vermelha, onde foram fotografadas crianças fardadas e com aviões nas mãos. "Julguei que isto tivesse ficado no tempo da União Soviética", notou, esclarecendo que o que se pôde observar hoje é "típico de um poder ditatorial absolutamente desumano. Porque desde criança que se ensina essa criança a ser agressiva.

Fez ainda uma último observação acerca dos militares em Azovstal, que continuam a resistir no complexo siderúrgico, em Mariupol. "É uma espinha muito grande na garganta de Putin", referiu.

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