Parlamento avança com orçamento do Governo paralelo de Bashaga
O Parlamento líbio, localizado na cidade oriental de Tobruk, avançou esta segunda-feira, numa sessão à porta fechada, com um Orçamento de Estado para 2022 apresentado pelo executivo de Fathi Bashaga, rival do Governo de Acordo Nacional (GAN) da Líbia.
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Mundo Líbia
O deputado Ziad Daghim alertou no domingo para "uma grande crise" na Câmara dos Representantes, que nomeou Bashaga como primeiro-ministro paralelo em fevereiro e aprovou a proposta orçamental esta segunda-feira sem o quórum de dois terços, ou seja, 120 deputados, necessários para a aprovação.
Segundo fontes citadas pelos 'media' locais, apenas 50 deputados compareceram na sessão que antecipou a proposta orçamental, elaborada pelo governo de Bashaga e que foi enviado à comissão de finanças, para ratificação.
Ziad Daghim manifestou "frustração e vergonha" e antecipou que alguns deputados estão "a considerar uma renuncia coletiva para terminar com o atual Parlamento".
O porta-voz do Parlamento, Abdullah Blihaq, explicou que a sessão foi suspensa até esta terça-feira, para discutir o que foi alcançado pela comissão encarregue das reuniões para o processo constitucional.
Uma comissão parlamentar e outra do Alto Conselho de Estado, contrárias à nomeação de Bashaga, vão retomar em 15 de maio, no Egito, sob o olhar atento da ONU, uma reforma constitucional que regule as próximas eleições, ainda sem data.
A Líbia confronta-se de novo com uma fratura política após Abdelhamid Dbeibah, líder do executivo de "união nacional", sediado em Tripoli, ter recusado ceder o poder e insistir na convocação de eleições legislativas para 30 de junho, e com um referendo constitucional anterior às presidenciais, ainda sem data marcada.
Bashaga, ex-ministro do Interior e também designado chefe de governo em 10 de fevereiro passado pela Câmara de Representantes, o Parlamento fixado no leste do país, considera que o mandato de Dbeibah já expirou, após ter decidido suspender as eleições previstas para dezembro de 2021 e apresentado um roteiro para a convocação de novos escrutínios num prazo de 14 meses.
A conselheira especial das Nações Unidas para a Líbia, Stephanie Williams, realizou esta segunda-feira um encontro em Trípoli com a ministra dos Negócios Estrangeiros do GAN, Najla al Mangoush, onde defendeu "eleições nacionais baseadas num quadro constitucional sólido e que seja possível, com a maior brevidade".
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