Jornalistas ucranianos distinguidos com Pulitzer pela cobertura da guerra

Os Prémios Pulitzer distinguiram hoje os jornalistas ucranianos com um prémio especial, pela sua cobertura desde o início da invasão russa da Ucrânia.

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Lusa
09/05/2022 21:25 ‧ 09/05/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Marjorie Miller, a responsável pelos prémios que distinguem o jornalismo, as artes e as letras nos Estados Unidos salientou a "coragem, resistência e compromisso com informações verdadeiras" durante o conflito e perante a "guerra da propaganda" lançada pela Rússia.

"Apesar dos bombardeamentos, sequestros, ocupação e até mortes nas suas fileiras, [os jornalistas] persistiram nos seus esforços para oferecer uma imagem precisa de uma realidade terrível", realçou Miller ao anunciar este prémio especial.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

Já o Washington Post ganhou o Prémio Pulitzer do jornalismo de serviço público pela sua cobertura da invasão ao Capitólio dos EUA, ocorrida em 06 de janeiro de 2021.

Num ano agitado, marcado pelo fim da guerra mais longa dos Estados Unidos, no Afeganistão, foi destacado o ataque à democracia em solo norte-americano, quando apoiantes de Donald Trump tentaram impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden.

A extensa reportagem do Post, publicada através de uma sofisticada série interativa, encontrou vários problemas e falhas nos sistemas políticos e de segurança, antes e depois do motim.

O ataque ao Capitólio também resultou num prémio para a Getty Images, que conquistou um dos dois prémios destinados a fotografias de notícias de última hora.

Os Prémios Pulitzer, administrados pela Universidade de Columbia e considerados os mais prestigiados do jornalismo norte-americano, reconhecem trabalhos em 15 categorias de jornalismo e sete categorias de artes.

O Tampa Bay Times ganhou o prémio de reportagem de investigação, com o trabalho "Poisoned", que produziu uma análise aprofundada a uma fábrica de chumbo poluente.

O Miami Herald conquistou o prémio de notícias de última hora pelo seu trabalho na cobertura no acidente mortal da torre do condomínio Surfside, enquanto a The Better Government Association e o Chicago Tribune ganharam o prémio de reportagem local pelo trabalho "Deadly Fires, Broken Promises", sobre a falta de aplicação das normas de segurança contra incêndio.

Leia Também: Jornalistas ucranianos identificam alegados assassinos de civis em Bucha

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