Mais de 100 organizações assinam declaração contra golpe de Estado
Mais de uma centena de partidos, alianças e blocos políticos sudaneses assinaram hoje uma declaração pela restauração da democracia e contra o golpe de Estado de outubro de 2021.
© Getty Imagens
Mundo Sudão
A iniciativa ocorre quando falta um dia para o início de um "diálogo nacional", convocado para resolver a crise política no país.
O documento, denominado "Declaração Nacional de Apoio à Soberania e Transição Democrática", foi assinado em Cartum por 110 formações, com o objetivo de alcançar "consenso político através do diálogo" culminando na realização de eleições.
Entre os signatários estão os partidos de oposição mais importantes do Sudão, como Al Umma, o Partido Nacional, Construtores do Futuro ou o Partido Liberal, que foram convidados para participar no "diálogo nacional" convocado pela ONU e pela União Africana (UA) e que se inicia na terça-feira.
De acordo com o documento, ao qual a agência Efe teve acesso, as organizações subscritoras enfatizam a necessidade de estabelecer uma posição "unificada" para a estruturação de um Estado "estável", além de "uma transição democrática que restaure o poder nas mãos do povo" e culmina com a realização de "eleições livres e justas".
Além disso, concordam em "rejeitar a interferência estrangeira" e pressionar as autoridades competentes para a eleição de um primeiro-ministro e de um executivo que ponha fim ao "vazio constitucional" criado após o golpe de Estado.
No documento também se faz referência a que não se cometam os mesmos erros do passado, já que a transição democrática que começou após a queda do ditador Omar al-Bashir em 2019 foi "hesitante e fraca" e a Carta Magna elaborada então "estava cheia de lacunas".
A partir de terça-feira, e até 12 de maio, o "diálogo nacional" acontecerá no Sudão para procurar uma solução para a crise política causada pelo golpe de outubro.
Este diálogo será articulado em torno de um roteiro elaborado durante as consultas preliminares patrocinadas em primeiro lugar pela Missão de Apoio à Transição das Nações Unidas no Sudão (UNITAMS), em fevereiro, e em coordenação com a UA a partir de março.
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