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Zimbabué proibe empréstimos para combater desvalorização da sua moeda

O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, proibiu temporariamente os empréstimos bancários numa última tentativa de conter a desvalorização da moeda local, o dólar zimbabueano.

Zimbabué proibe empréstimos para combater desvalorização da sua moeda
Notícias ao Minuto

18:10 - 08/05/22 por Lusa

Mundo Zimbabué

"Os empréstimos bancários ao Governo e ao setor corporativo estão suspensos até novo aviso", disse Mnangagwa num discurso transmitido sábado à noite pela televisão.

O Presidente ordenou a intensificação do controlo das autoridades monetárias sobre as transações financeiras para combater o que chamou de "comportamento de arbitragem criminal (estratégia financeira) na economia".

No seu discurso, Mnangagwa alertou que os empréstimos bancários são "propensos a abusos" em referência a algumas entidades e indivíduos que utilizam o dólar zimbabueano para comprar moedas estáveis, fomentando a desvalorização da moeda local.

Como a procura por moeda estrangeira no país supera a oferta, muitas empresas são obrigadas a procurar essas divisas no mercado paralelo, elevando as taxas e enfraquecendo o dólar zimbabueano.

Enquanto a taxa de câmbio oficial do dólar norte-americano no sistema estrito de leilões de moeda do país africano é de 165 unidades locais, no mercado paralelo a taxa de câmbio atinge entre 350 e 400 dólares zimbabueanos.

Essa realidade paralela reflete-se nos supermercados, onde um litro de leite custa cerca de 400 dólares locais e um pão ultrapassa os 340.

Segundo o Presidente, porém, a partir de agora os supermercados só poderão ajustar os preços ao câmbio oficial "com variação máxima permitida de 10%".

Ativistas e apoiantes da oposição planeiam um bloqueio nacional na segunda-feira, incentivando as pessoas a ficar em casa para protestar contra o aumento dos preços de bens básicos e a redução do poder de compra.

O salário-base dos professores de 25.000 dólares zimbabueanos, por exemplo, passou de 250 dólares norte-americanos há dois anos para o valor atual de 62 dólares norte-americanos.

A situação é cada vez mais vista como uma repetição da última crise inflacionária desencadeada em 2006, que o Banco Mundial estimou em 231 milhões por cento em novembro de 2008, quando atingiu o ponto mais alto.

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