"O ataque cibernético que interrompe os serviços postais desde 16 de abril, tem a assinatura dos serviços russos", referiu a vice-primeira-ministra Kalina Konstantinova, em conferência de imprensa.
As entregas fora da Bulgária e a receção de cartas e encomendas de fora do país, bem como o pagamento de faturas e de pensões, foram temporariamente bloqueados.
Os registos ficaram perdidos para sempre, lamentou ainda o conselheiro do governo, Vassilev Velitchkov, especialista em informática, sem acrescentar mais detalhes sobre a natureza destes documentos.
O 'software' malicioso, que atingiu primeiro o escritório central em Sofia antes de afetar toda a rede, foi "projetado de forma a não afetar os dados da Rússia e das ex-repúblicas soviéticas", adiantou.
O serviço de correios tem mais de 6.000 computadores, metade dos quais com mais de 15 anos e vulneráveis aos ataques, devido à ausência de um sistema de proteção antivírus adequado.
A agência de segurança nacional búlgara acrescentou que "outras instituições públicas" foram vítimas de 'hackers', embora em menor escala.
"Os ataques têm-se multiplicado desde o início da guerra na Ucrânia", sublinhou Vassilev Velitchkov, referindo-se a uma "guerra cibernética destinada a semear preocupação e instabilidade".
Vários 'sites' oficiais da Roménia, incluindo os do Governo e Ministério da Defesa, foram alvo de ciberataques na sexta-feira, que foram reivindicados por um grupo pró-Rússia.
Os correios da Grécia foram atingidos em março por um "ataque informático", que causou uma "suspensão temporária" de alguns serviços desta empresa pública.
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