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Hungria opõe-se a novas sanções sobre petróleo. Eslováquia pede isenção

Em causa está uma medida que está a ser ponderada no âmbito de um novo pacote de sanções a aplicar à Rússia.

Hungria opõe-se a novas sanções sobre petróleo. Eslováquia pede isenção

A Hungria não apoiará a aplicação de quaisquer sanções que impossibilitem o envio de petróleo e gás russo para o seu país, informou, esta terça-feira, o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, em declarações citadas pela Reuters.

O governante esclareceu, neste sentido, que os carregamentos de petróleo russo através do oleoduto Druzhba representavam cerca de 65% das reservas de que o país necessita - garantindo não existirem rotas alternativas de abastecimento.

Por outro lado, a Eslováquia anunciou que irá procurar obter uma isenção de qualquer embargo que venha eventualmente a ser aprovado, pela União Europeia, ao petróleo russo - no âmbito de um novo pacote de sanções contra a Rússia que tem já vindo a ser debatido. 

"Se chegarmos a uma aprovação do embargos sobre o petróleo russo como parte de um novo pacote de sanções contra a Rússia, então a Eslováquia solicitará uma isenção", adiantou o ministério da Economia eslovaco, noticia também a Reuters.

Como adiantou na segunda-feira Josep Borrell, o Alto Representante do bloco europeu para os Negócios Estrangeiros, a União Europeia está a preparar a aplicação de novas sanções sobre o comércio de petróleo russo, tendo expetativas de aprovar um possível embargo sobre o mesmo na próxima reunião do seu Conselho de Negócios Estrangeiros.

A Comissão Europeia deverá, assim, propor ainda esta semana a aplicação de um novo pacote de sanções, que incluirá um potencial embargo à compra de petróleo russo. Esta é uma medida que, como podemos ver, provoca ainda alguma discórdia entre os vários países que constituem o bloco europeu. 

A União Europeia é um dos principais clientes das empresas energéticas russas, nomeadamente da Gazprom, tendo pago quase 20 mil milhões de euros desde o início da invasão. No total, 26% da energia europeia é de origem russa - a dependência, no entanto, muda de país para país, e a Hungria e a Eslováquia dependem em 58% e 95%, respetivamente.

A invasão na Ucrânia tem levado vários governos, como a Letónia e a Polónia, a discutir cada vez mais alternativas às importações de gás e petróleo russo, e a liderança ucraniana tem recordado várias vezes que a União continua a financiar a máquina de guerra russa ao receber gás e petróleo.

A Alemanha, que resistiu durante muito tempo a um embargo, admitiu nos últimos dias que teria capacidade para deixar de utilizar energia russa, abandonando assim as importações de mais de meio milhão de barris de petróleo por dia.

Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a guerra na Ucrânia já fez mais de 3.000 mortos entre a população civil, mas a ONU alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior depois de contabilizadas as baixas em cidades sitiadas e controladas pelos russos.

Leia Também: AO MINUTO: Nova evacuação de Mariupol; Rússia quer Donetsk e Lugansk

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