Biden e Obrador reconstroem relações com migrações, droga e comércio
Os presidentes dos EUA, Joe Biden, e mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador, reuniram-se sexta-feira por videoconferência para discutir, entre outros, o tema dos fluxos migratórios "sem precedente".
© Getty
Mundo Casa Branca
Durante a reunião, que durou mais de 50 minutos, segundo a Casa Branca, foram analisadas as relações cada vez mais complexas entre os dois Estados vizinhos, ligados cada vez mais pelo comércio, mas também pelas migrações, tanto legais, como ilegais, e pelo tráfico de drogas.
A Casa Branca garantiu que Biden quer cooperar com Obrador, ao contrário da abordagem do seu antecessor, Donald Trump.
"Durante o ano passado, trabalhámos duro para reconstruir a relação bilateral", declarou um membro do governo dos EUA, sob anonimato.
Segundo a porta-voz de Biden, Jen Psaki, "este não foi um telefonema em que o presidente Biden ameaçasse o presidente mexicano, fosse de que maneira fosse".
Com o espetro de uma derrota nas eleições legislativas de meio de mandato a pairar sobre os democratas, a questão da imigração ilegal esteve em destaque na agenda das conversações.
Segundo aquele governante, "desafios monumentais" no mundo -- da crise climática à invasão russa da Ucrânia, passando pela insegurança alimentar -- estiveram na origem de "níveis de migrações sem precedentes".
A situação já complicada na fronteira EUA-México voltou para o centro das atenções com a vontade anunciada de Biden de acabar como 'Título 42', um dispositivo ligado ao coronavirus, que permite, desde há dois anos, a expulsão imediata dos migrantes detidos na fronteira.
A polícia de fronteiras dos EUA interpelou em média 7.800 migrantes indocumentados todos os dias das últimas três semanas, cerca de cinco vezes mais do que média (1.600) dos anos 2014 a 2019, antes da pandemia.
RN//RBF
Lusa/fim
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