Malawi. Doze pessoas consideradas culpadas da morte de um albino

Doze pessoas, incluindo um padre católico, um polícia e um funcionário de um hospital, foram considerados culpados em Blantyre (sul do Malaui), no caso do assassínio de um albino em 2018, anunciou, esta sexta-feira, fonte judicial.

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Lusa
29/04/2022 21:07 ‧ 29/04/2022 por Lusa

Mundo

Malawi

Das 12 pessoas, cinco foram consideradas culpadas de matar MacDonald Masambuka, de 22 anos, em plena onda de assassínios de albinos, na qual 40 pessoas foram mortas e outras 145 atacadas, nos últimos anos.

O irmão da vítima, o padre, o polícia e um funcionário do hospital foram considerados culpados de vender ou comprar partes de corpos humanos.

"O senhor MacDonald foi traído por aqueles em quem confiava, isto é, o irmão, o padre, o polícia e o funcionário do hospital", disse à AFP o procurador Steve Kayuni.

Durante vários anos, a partir do final de 2014, o Malawi tem assistido a uma onda de ataques a albinos, cujos corpos são desmembrados e usados em rituais de feitiçaria, alimentando a crença de que trazem boa sorte e saúde.

Na sentença, o tribunal conclui que os 12 foram coniventes para realizar o assassínio de Masambuka e remover os seus ossos, pensando em obter lucro financeiro com isso.

"Esta é uma violação do direito à vida humana e a maior violação do direito à vida e à integridade das pessoas com albinismo", disse a juíza Dorothy NyaKaunda Kamanga.

MacDonald Masambuka foi morto depois do irmão lhe armar uma armadilha, fazendo-o acreditar que amigos haviam encontrado uma mulher para ele se casar.

A leitura das sentenças foi agendada para 31 de maio.

Há cerca de vinte casos de homicídio, tentativa de homicídio, exumação de albinos em tribunais do Malawi , de acordo com o procurador.

De acordo com Ikponwosa Ero, ativista e ex-relator da ONU sobre albinismo, o Malawi tem um "sério problema de segurança para os albinos".

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