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ONU e sete países africanos prometem ajudar deslocados da RCA

O alto comissariado da ONU para os refugiados (ACNUR) e sete países da África Central comprometeram-se a procurar soluções para os mais de 1,3 milhões de deslocados pelo conflito na República Centro-Africana (RCA).

ONU e sete países africanos prometem ajudar deslocados da RCA
Notícias ao Minuto

13:09 - 29/04/22 por Lusa

Mundo República Centro-Africana

Numa declaração assinada após uma reunião de três dias na capital dos Camarões, Yaoundé, que terminou na quarta-feira, os signatários comprometem-se a trabalhar para apoiar os mais de cerca de 650.000 centro-africanos deslocados internamente e os quase 700.000 refugiados em países vizinhos.

Na Declaração de Yaoundé, o ACNUR, Camarões, RCA, Chade, República do Congo, República Democrática do Congo (RDCongo), Sudão e Sudão do Sul comprometem-se a "estabelecer um quadro de cooperação regional para fortalecer a proteção e a busca de soluções para pessoas deslocadas à força pela crise da África Central, com o apoio da comunidade internacional".

Prometem também procurar soluções para os refugiados, deslocados internos e aqueles que regressem à RCA e apoiar o processo de reconciliação em curso no país centro-africano.

Apelam "à comunidade internacional para mostrar maior solidariedade e partilha de responsabilidades" e prometem aumentar a proteção dos refugiados e "promover a sua inclusão socioeconómica" nos seus territórios enquanto esperam poder voltar para casa.

Segundo o ACNUR, os Camarões são o país que mais refugiados da RCA recebeu (345.000), seguido pela RDCongo (210.000), o Chade (122.000), a República do Congo (26.000) e o Sudão (28.000).

Mais de 100.000 refugiados já regressaram à RCA espontaneamente entre 2017 e 2021.

A RCA vive um cenário de violência sistémica desde o final de 2012, quando uma coligação de grupos rebeldes do nordeste, de maioria muçulmana - o Séléka - tomou Bangui, a capital, e derrubou o presidente François Bozizé, após dez anos de governo (2003-2013), o que deu início a uma sangrenta guerra civil.

Como resistência aos ataques do Séléka, foram formadas milícias cristãs anti-Balaka que, como o primeiro grupo, acabaram divididas em várias fações armadas.

Atualmente estão empenhados na RCA 191 militares portugueses no âmbito da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA) e 45 meios. Também na RCA, mas no âmbito da missão de treino da União Europeia (EUTM-RCA), estão no terreno 26 militares.

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