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Geólogo britânico enfrenta pena de morte por trazer cacos do Iraque
O homem de 66 anos recolheu os pedaços de cerâmica durante uma visita a um local histórico, mas ter-lhe-ão assegurado que não eram valiosos.
© AHMAD AL-RUBAYE/AFP via Getty Images
Mundo Iraque
Jim Fitton, um geólogo britânico já reformado, enfrenta pena de morte no Iraque, após ter sido detido no aeroporto de Bagdade a 20 de março, juntamente com um colega de nacionalidade alemã, por causa de 12 pedaços de cerâmica partida encontrados na sua bagagem. Fitton será julgado em maio e enfrenta acusações de tentativa de contrabando de artefactos.
Segundo a família do geólogo, citada pela imprensa britânica, o homem de 66 anos recolheu os pedaços de cerâmica durante uma visita a um local histórico, mas ter-lhe-ão assegurado que não eram valiosos.
“Durante uma excursão, o nosso pai visitou locais históricos no Iraque, onde o seu grupo de turistas encontrou fragmentos de pedras e cacos de cerâmica no chão. Estes fragmentos estavam ao ar livre, desprotegidos e sem qualquer sinal de aviso contra a recolha”, começaram por afirmar os filhos do detido, numa petição online.
A petição acrescenta que “os guias turísticos também recolheram os cacos como lembranças” do local em Eridu, no sul do Iraque, e que “foi dito aos membros do circuito” que “os fragmentos quebrados não tinham valor económico ou histórico”.
Na petição, dirigida ao governo britânico, a família frisou: “Temos dias para o salvar antes da sentença e precisamos que o Ministério dos Negócios Estrangeiros ajude, intervindo agora no seu caso”.
Já num comunicado, o genro de Jim Fitton conta que o sogro “trazia frequentemente para casa pequenas lembranças das duas viagens para recordar a viagem e partilhar as suas experiências”, mas agora “enfrenta uma potencial sentença de morte ao abrigo do artigo 41 da lei de artefactos iraquiana”.
A deputada liberal britânica, Wera Hobhouse, descreveu o caso como “profundamente preocupante” e exortou o governo britânico a intervir, acrescentando que comunicou o caso ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e que esteve em contacto com a embaixada. “Mas, até agora a resposta tem sido dececionante”, disse ao jornal britânico The Independent.
Leia Também: Turquia afirma ter "neutralizado" 57 rebeldes curdos no norte do Iraque
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